terça-feira, janeiro 13, 2009

Conhecimento descartável

"A Pfizer, a maior companhia farmacêutica do mundo, vai despedir 800 cientistas durante este ano, o que representa cerca de oito por cento dos seus funcionários ligados à investigação científica, noticia "The Wall Street Journal". Em Setembro, a empresa já tinha anunciado a intenção de centrar a sua investigação científica em seis áreas - Alzheimer, cancro, esquizofrenia, dor, inflamação e diabetes -, abandonando todas as outras, incluindo a área cardiovascular. Desde Janeiro de 2007, na sequência de uma reestruturação, a Pfizer já eliminou 13.500 postos de trabalho e fechou oito fábricas. "
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Aqui está o que parecia ser uma excelente oportunidade. Alguém podia contratar todos estes cientistas e fazer, com eles, uma grande empresa farmacêutica. Ou um departamento de investigação do Ministério da Saúde. Por que não o fazem ?
Esta é uma boa ilustração da contradição entre o trabalho assalariado e a rentabilização do conhecimento.
Tudo o que estes milhares de cérebros ajudaram a criar lá ficou, na Pfizer, agarrado às patentes da empresa e à rede comercial que ela estendeu pelo mundo.
Todo o know-how contido nestes cérebros podia valer uma fortuna se fossem capazes de inventar uma nova forma de se organizarem para produzir e distribuir.
O mesmo se aplica, claro, a todos nós.
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4 comentários:

Luís Maia disse...

Por acaso não vem nada a propósito deste texto o que tenho para te dizer, que não seja mandar-te um abraço deste teu velho colega de escola de há 50 anos.
Tive foi dificuldade em reconhecer-te em fotos mais actuais, provavelmente por lapso capilar alheio à tua vontade, mas recuei a fotos mais antigas, nomeadamente a uma que tens na cantina IBM nos anos 80, (julgo que estás com a tua mulher) e aí não tive dúvidas ai estava o Fernando José Penim Redondo e a sua pêra, aliás bem mais recente que o tempo do nosso conhecimento em que havia no máximo talvez, uma penugem.

Um abraço para ti.

F. Penim Redondo disse...

Caro Maia,

fui ao cinema e no regresso tenho esta boa surpresa.
Penso muitas vezes nos turbulentos anos em que convivemos e na velha Patrício Prazeres.

Espero que estejas rijo, como parece dado o número de blogs que cultivas, e recebe de cá um grande abraço.

A internet é um enorme ponto de encontro.

Luís Maia disse...

Verdade meu caro, apanhei-te oor acaso, aqui nestas vidas.

Recordo-te que já antes da PP, foi a Nuno Gonçalves de quem tu eras vizinho, depois de fazer a escalada do sobe e desce da General Roçadas.

Os blogues são mais do que muitos é verdade, mas são tantos por uma questão de arrumação e servem para albergar algumas das minhas paixões.

Uma delas a História ficou do facto de termos tido aulas, como te lembras, directamente d fonte o velho Pai da História.

Um abraço

F. Penim Redondo disse...

Esse professor de história é inesquecível.

Já vi que outra das tuas paixões, que eu partilho, é a música.