Parece que vamos ter um tratado sobre o sexo dos anjos.
Os dirigentes máximos dos países da UE encontram-se em Lisboa para mais umas guerrinhas de cacarácá. Vem o arrogante Gordon Brown, o ridículo Prodi que já não manda em nada e, talvez, os sempre irrequietos e boçais irmãos polacos. Vêm todos e vão puxar cada um para seu lado mesmo com risco de o pano se romper.
Entretanto a Europa afunda-se em decadência. O seu orgulhoso Estado Social está a caminho da insolvência. As suas empresas correm o risco de ser compradas ou perder os mercados para concorrentes que fazem metade do preço. O seu estatuto económico, criado e mantido à custa dos recursos do planeta, parece tremer perante as ameaças formidáveis da Rússia da Índia e da China.
Nos meus pesadelos vejo chegar um tempo de desespero e de guerra. A história mostra que a guerra surge quase sempre quando novos poderes ameaçam as potências instaladas.
"A guerra que virá não é a primeira" mas, pela sua incomensuravel brutalidade, só parece possível no quadro de um qualquer novo tipo de nazismo.
Entretanto os nossos dirigentes entretêm-se com bizantinices...
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A bem da cultura geral:
Discutir o sexo dos anjos - a origem desta expressão situa-se no ano de 1453 durante a tomada de Constantinopla pelos turcos. O último soberano do império Romano do Oriente, Constantino XI, comandava a resistência aos maometanos enquanto as autoridades cristãs mantinham acaloradas discussões teológicas num concílio, uma das quais era se os anjos tinham ou não sexo. Não puderam chegar a nenhuma conclusão. O imperador foi morto juntamente com milhares de cristãos e os novos conquistadores ali se estabeleceram sob as ordens de Maomé I.
Em defesa dos chulos
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*No Tribunal Constitu*
*cional*parece haver seis juízes
cavernícolas
*«O Tribunal Constitucional recusou legalizar o proxenetismo, mas os juízes
do Paláci...
Há 1 hora
1 comentário:
Mas, na recta final da discussão, os líderes europeus estiveram a negociar lugares de eurodeputados. A Itália não aceitou a nova repartição de deputados aprovada pelo Parlamento Europeu no dia 10 e tentou em Lisboa conseguir uma paridade com a França e o Reino Unido.
Os italianos queriam que o cálculo do número de deputados fosse feito com base no número de cidadãos, em vez do critério demográfico puro. No fundo, isso iria beneficiar países que, como a Itália, têm emigração no estrangeiro, embora abrisse uma caixa de Pandora na Europa, devido aos países com minorias étnicas fora de fronteiras. Apesar da posição italiana ser quase insustentável, do ponto de vista de Roma a diferenciação no número de deputados abria um precedente. Ao longo da primeira fase da negociação, antes do jantar, a Itália terá recebido como proposta ficar com o lugar de eurodeputado do presidente do Parlamento Europeu. Este compromisso foi revelado aos jornalistas pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus de Espanha, Alberto Navarro, que deu a entender ter sido essa a sugestão feita à partida pela presidência portuguesa da UE. No entanto, Luís Amado disse que só apresentaria as propostas à hora do jantar.
Mesmo assim, Prodi não estaria ainda satisfeito, pois com aquela solução ficaria em pé de igualdade apenas com o Reino Unido (73 eurodeputados), e não com a França, que conta com 74. Surgiram declarações do líder do PPE, Joseph Daul, segundo o qual o Chefe do Estado francês, Nicolas Sarkozy, estaria disposto a dar um lugar de eurodeputado à Itália para evitar que o tratado ficasse bloqueado. Poucos dias antes deste Conselho Europeu informal de Lisboa, os franceses tinham excluído essa hipótese.
A questão da Polónia também estava mais ou menos ultrapassada. O secretário de Estado polaco Robert Draba disse, a meio da tarde, estar convencido de que haveria uma solução para o problema levantado pelo seu Governo, sobre o chamado compromisso de Ioannina. A hipótese deste mecanismo se manter nas declarações, com uma garantia de ser alterado por unanimidade, poderia satisfazer Varsóvia.|
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