quarta-feira, outubro 17, 2007

Os nossos rapazes em Alma-Ata

Hoje os nossos rapazes enfrentam os cazaques na sua saga por uma presença, honrosa, no próximo europeu de futebol. Não costumo perorar sobre o desporto rei mas, desta vez, abro uma excepção dado o local do jogo.


É que Alma-Ata, ou como se diz agora Almati (significa "pai das maçãs"), foi uma cidade que visitei da primeira vez que pisei solo soviético nos idos de 1980. As maçãs eram realmente gigantescas, chegavam a pesar 800 gr.


Recordo claramente as enormes pilhas de melões e de muitas outras frutas que nos são familiares. Era Setembro e Alma-Ata era uma enorme aldeola com camponesas de lenço pela cabeça, como as nossas, mas de olhos em bico.









Também recordo o estádio olímpico, das olimpíadas de inverno. Os portugas como eu acabaram as suas aventuras de patinagem sobre lâminas saindo, de gatas, para fora da enorme pista onde deslizavam centenas de domingueiros (também de olhos em bico).




Agora, consta-me, já não são soviéticos e têm milhões de barris de petróleo para vender.Deve estar tudo muito diferente.







Isso não os vai salvar de uma ensinadela frente aos nossos rapazes, que são o único petróleo que nos resta. Tenho a certeza de que vão ficar com os olhos em bico.

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