segunda-feira, outubro 29, 2007

A Outra Margem


"A Outra Margem" de Luís Filipe Rocha apresenta-se assim:
Um "travesti" que perdeu o gosto pela vida é confrontado com a alegria de viver de um adolescente com síndrome de Down. Filme que pretende iluminar e exibir a humana normalidade dos "anormais", A Outra Margem propõe uma ponte de compreensão entre as duas margens.
O trabalho dos actores é excelente e os ambientes criados são muito conseguidos e verosímeis.
O diálogos são bons e "falam" só quando necessário.
O problema é que a história, que começa muito forte, vai perdendo força e agoniza na previsibilidade e nos bons sentimentos. Uma incursão sem chispa pelo mundo das diferenças.
O filme não surpreende nem desafia o espectador. Não se leva um murro no estômago e sai-se da sala demasiado em paz com a vida.
"A Outra Margem", que não é alcançada, podia ter sido um grande filme.

2 comentários:

Joana Lopes disse...

Eu não vou ao cinema para sair, necessariamente, de mal com a vida - para isso tenho muitas outras coisas...
Mais a sério: percebo o que dizes, mas gostei mais do filme do que tu. Acho só que acaba um pouco precipitadamente.
É certo que o vi em circunstâncias especiais - na ante-estreia, com muita gente conhecida (a Sara Graça é filha do Zé Paulo), festa de anos do Tomás de Almeida, etc.

P.S.- Só consigo pôr comentários entrando pelo blogger. Porque é que não tiras essa m... da verfifcação óptica? E a propósito: para que serve? Para ceguinhos não é com certeza.

F. Penim Redondo disse...

Gosto de ser questionado, de sair aparvalhado dos filmes.
Nesta caso a "moral" é um bocado linear para o meu gosto: a alegria do sobrinho anima a tristeza do tio.

Era muito mais interessante, por exemplo, o sobrinho ter uma experiência homosexual e o tio não aceitar. Dava mais que pensar.

Já tirei a verificação que te incomodava. Tanto quanto sei serve para impedir o spam nos comentários.