terça-feira, janeiro 04, 2011

Crise e sacríficio

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Portugal foi fortemente afectado pela crise económica em 2010 (??), mas o ano que agora terminou foi o melhor dos últimos oito para o sector automóvel, que não registava vendas tão elevadas desde 2002, indicam os dados ontem publicados pela ACAP-Associação Automóvel de Portugal.
Entre Janeiro e Dezembro comercializaram-se 223.491 ligeiros de passageiros, o que representou uma subida de 38,8 por cento face a 2009. Este número só tinha sido melhor em 2002, quando o mercado registou 228.574 ligeiros comercializados.

Público 03.01.2011

Esta notícia, como outras que publiquei recentemente acerca dos levantamento e pagamentos com cartões de crédito, mostram que a narrativa sobre a crise é mais uma ficção perniciosa.
Era bom que os portugueses percebessem que, no que toca a sacrifícios, ainda não viram nem da "missa a metade". Talvez assim evitassem precipitar-se na compra de carros novos importados, provavelmente a crédito, aumentando o já enorme endividamento externo.
O Belmiro de Azevedo costumava gabar-se de só trocar de carro de dez em dez anos; talvez seja essa a atitude certa para enriquecer. Já o nosso governo, e também a nossa oposição, falam dos "enormes sacrifícios" actuais do povo quando deviam era estar a prepará-lo para o intenso empobrecimento que, com toda a probabilidade, nos atingirá a todos num futuro próximo.

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