terça-feira, fevereiro 17, 2009

As noivas de S. Sebastião

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O presidente da CIP, o patrão dos patrões Francisco van Zeller, declarou ontem acerca dos despedimentos em empresas com lucros: "Na situação actual, parece-me um bocadinho mais vergonhoso".
Apesar do diminuitivo revela estar preparado para aceitar a proibição de tais despedimentos, ou seja, a proposta mais radical que Francisco Louçã conseguiu apresentar na recente convenção do BE.
O povo fica um bocadinho atónito e desconfiado deste consenso em torno do"capitalismo social".

Também recentemente, na sua moção de candidatura, Sócrates não se conteve e roubou uma bandeira ao BE ao incluir, com grande destaque, o "casamento civil" entre pessoas do mesmo sexo.

Só falta agora o senhor Cardeal Patriarca anunciar que celebrará, ele próprio, na Sé de Lisboa, o casamento gay, colectivo, das "noivas de S. Sebastião", para afastar qualquer suspeita de discriminação já que existem as "noivas de S. António".

Assim não há condições para estar na política. As pessoas matam a cabeça para inventar propostas provocatórias, convencidas de que entalam os adversários mas estes, sem vergonha, apressam-se a tentar caçar também os mesmos votos.

Isto coloca até um problema grave de identidade: afinal quem é quem neste imbróglio? Afinal quem é que é de esquerda e quem é que é de direita?

Por este andar só resta mesmo fazer como antigamente e propor algo de substantivo, uma nova organização social e económica, uma revolução, um socialismo. Dá é mais trabalho e chatices.
Sempre estou para ver se o CDS depois também adere...
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