domingo, fevereiro 15, 2009

Alguém há-de pagar

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Revista Je Sais Tout, Junho de 1907

Ao mesmo tempo que o INE anunciava a desgraça da nossa economia, um "jornal de referência" veio explicar que, felizmente, 900.000 pessoas trabalham para o Estado e não podem por isso ser despedidas como qualquer vagabundo da "privada". Essas 900.000 pessoas trabalham na administração central, na administração local, na administração regional, no "sector empresarial do Estado" e em empresas prestadoras de serviços (como, por exemplo, limpeza e segurança). Fora as que trabalham em empresas que fornecem ao Estado o que Estado consome, desde o papel, à electricidade e à gasolina. E, sem contar, evidentemente com as que trabalham nos bancos que Sócrates nacionalizou ou seminacionalizou para arredondar o bolo. O ideal era que a população inteira entrasse de um vez para o funcionalismo público, com vínculo e aumento. Depois se veria quem pagava.
Vasco Pulido Valente, Público 15.02.2009

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