.
A Google quer definitivamente sentar-se no banco do motorista de nossos automóveis. É o que mostra a retomada do projeto 'Pribot', com modelos Toyota Prius repletos de sensores, radares e muita tecnologia embarcada para garantir que os motoristas humanos são dispensáveis — os veículos já rodaram mais de 225 mil km, incluindo 1,6 mil km sem motorista.
Para garantir total segurança em caso de falha dos sistemas, os carros contam com um 'motorista' treinado e um engenheiro de software que monitora tudo, em tempo real, no banco do carona. Os testes que acabaram de ser realizados foram feitos na Lombard Street, em São Francisco, e na California Highway One, estrada que vai até Los Angeles.
De acordo com Dr. Sebastian Thrun, diretor do Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford, engenheiro do Google (co-inventor do Google Street View) e vencedor da corrida de 2005 de carros dirigidos por robôs da Agência de Projetos Avançados de Defesa (Darpa), a intenção da Google é contribuir para reduzir em mais de 50% o número de acidentes causados por falhas humanas.Ele afirma que até mesmo quem acha o projeto avançado demais para a realidade atual da maioria dos países há de concordar que os estudos feitos pela empresa podem, no mínimo, ajudar a criar dispositivos que assumam, de maneira segura, o comando do veículo em situações de risco, como, por exemplo, aqueles segundos na hora de ligar o som do carro ou em infrações como beber, comer ou enviar mensagens de texto ao volante.
Os Toyota Prius da Google respeitam limites de velocidade dos locais por onde passam, sinais de trânsito, placas de advertência, bem como a distância segura em relação a outros carros e a presença de obstáculos. Veja como no box ao lado. Na coluna 'Segurança', na página 3, o que foi debatido em Paris sobre o futuro da mobilidade.
- Um sensor rotativo no teto escaneia mais de 61 metros em todas as direções para gerar um mapa tridimensional preciso de tudo o que está ao redor do veículo.
- Câmeras montadas próximas ao retrovisor interno detectam as luzes dos sinais de trânsito e ajudam os computadores a bordo a reconhecerem obstáculos móveis como, por exemplo, pedestres e ciclistas.
- Quatro radares convencionais automotivos, três na dianteira e um na traseira, ajudam a determinar a posição de objetos distantes.
- Um sensor, montado na roda traseira esquerda, é responsável por medir pequenos movimentos feitos pelo carro. Com isso, ele contribui para localizar de maneira bastante precisa a posição do automóvel no mapa.
O DIA Online, 14.10.2010
Aqui está uma contribuição decisiva, não retórica, para a segurança rodoviária.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário