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A democracia parlamentar e a ópera, como passatempos dos ricos, têm muito em comum.
As encenações são demasiados caras, os cenários são exagerados e o guarda roupa é espampanante.
É no salão nobre, ou nos "passos perdidos", que se fazem os melhores negócios mas, para acalmar o povo, há transmissões em directo para um ecran "no largo" ou nas nossas casas.
Vivem ambas das tragédias e dos golpes de teatro mas, quando saímos, emocionados, o pedinte da esquina continua exactamente na mesma esquina.
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