sexta-feira, outubro 29, 2010

Da mão-de-obra barata para o petaflop barato

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A China apresentou hoje, durante o National High Performance Computing (HPC China 2010), em Pequim, o supercomputador mais potente do mundo.
Chamado de Tianhe-1A, a máquina tem capacidade de processamento de 2,507 petaflops, medidos por meio do software Linpack.
Para atingir o novo recorde de performance, o Tianhe-1A conta com 14 336 processadores Intel Xeon, GPUs Nvidia Tesla M2050, 103 armários e pesa 155 toneladas.

O equipamento foi desenvolvido pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT), na China, com custo de 88 milhões dólares. Em operação, ele consome 4,04 megawatts de eletricidade.
O Tianhe-1A derrubou o recorde anterior do Cray XT5 Jaguar, que é usado pelo Centro Nacional dos EUA para Ciências da Computação, no Oak Ridge National Laboratories. O Cray XT5 Jaguar é capaz de processar até 1,75 petaflops.
O Tianhe-1A vai operar com um sistema de código aberto e será usado para realizar cálculos científicos em larga escala.
Info.abril.com, 28.10.2010

Não, ainda não se sabe quando estará à venda numa "loja do chinês" perto de si.
Mas estamos a assistir a uma séria tentativa de passar da mão-de-obra barata para o petaflop barato.
Foi certamente nesta enorme potência de cálculo que se baseou a opinião da vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa, Fu Ying, que a propósito de uns empréstimos a Portugal afirmou: «Acreditamos que as medidas tomadas pelo Governo português conduzirão à recuperação dos sectores económico e financeiro de Portugal».
Trata-se de um inesperado, e exótico, apoio às medidas de austeridade de Sócrates ou apenas de uma forma muito rentável de aplicar as gigantescas reservas financeiras chinesas?
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