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O que mais me espanta na situação actual é a preocupação em impedir a crise desta semana, em tentar enganar "os mercados" nem que seja mais uns dias aprovando um orçamento qualquer.
Já nem falo do passado. Não há responsáveis? Onde estiveram os deputados durante todos os anos em que se cavou o buraco actual? Não é para isso que pagamos um "regime democrático"? E os partidos "à esquerda", que tanto se mobilizam em defesa de certas corporações, porque não fizeram a insurreição enquanto o país ainda não tinha sido totalmente delapidado?
Onde estava o juiz Carlos Moreno, que agora escreveu um livro, durante estes anos todos? Só o casmurro do Medina Carreira, honra lhe seja feita, é que gritou que vinha aí o lobo. E vinha mesmo.
Mas há que falar do futuro. Não haverá futuro enquanto não percebermos como, e porquê, caímos neste atoleiro. Para evitar repetir os mesmos erros.
Para haver um futuro alguém tem que ter a coragem de romper com o marasmo do sistema. Alguém tem que assumir um projecto de futuro em que seja possível acreditar e, à luz dele, determinar todos os sacrifícios que forem necessários.
Isto não vai lá pelo método habitual, com troca de favores nos camarins e depois assobiar para o ar para o "mercado" ver.
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