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O Teatro Aberto mostra a inesquecível peça de Brecht, com excelentes actores e excelente encenação.
É a história de um patrão umas vezes generoso, quando está bêbado, e outras tirânico, quando está sóbrio. É difícil perceber em que modo se torna mais insuportável.
Esta fábula, que marcou o século XX, tornou-se anacrónica num tempo em que os trabalhadores cada vez mais se confrontam com as grandes empresas e com o próprio Estado.
Precisávamos de um novo Brecht que tratasse destes novos patrões sem rosto, que não se metem nos copos. Talvez assim a retórica da esquerda acabasse por reconquistar um sentido actual.
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