Vi ontem na televisão um curto trecho da entrevista de Constança Cunha e Sá a José Sócrates.
Em dois minutos, consecutivamente, sem pestanejar, ele disse:
- que o fundo de pensões da PT não constitui qualquer encargo futuro para o povo português pois o cálculo actuarial mostrou que está suficientemente provido para cobrir os compromissos assumidos
- que a passagem do fundo para a alçada do Estado tinha sido necessária para pagar os dois submarinos comprados à Alemanha
Vou tentar explicar: agora gastamos o fundo da PT a pagar os submarinos, depois andamos dezenas de anos a pedir aos portugueses das gerações futuras para pagarem as pensões milionárias, e as outras, dos reformados da PT.
Visto de outro ângulo: agora José Sócrates faz um brilharete reduzindo o défice de 2010, depois os governos futuros terão cada vez mais dificuldades em equilibrar as contas.
É por obra destes malabarismos que estamos como estamos...
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As péssimas companhias de Guterres
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