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Há nos dias que correm uma radicalização do discurso político que é bastante artificial, que finge grandes diferenças e grandes opções onde elas não existem. Chega a ser ridículo.
À volta dos fait divers de cada dia montam-se guerras de palavras entre as praças fortes dos partidos na blogosfera. Quer se trate da "Joana bate pestana" ou do "Conselho Nacional de Ética", ou de qualquer outra irrelevância, fazem-se ofensas pessoais, invocam-se princípios sagrados e grita-se como se estivessem em causa os destinos do país.
Penso que quanto mais se grita mais se confirma o vazio e a incapacidade para confrontar verdadeiras propostas. Ou talvez as propostas não fizessem o estardalhaço mediático que se pretende.
Ganhariam todos muito em moderar o tom do discurso e em dedicar atenção aos problemas em vez dos ataques mútuos.
Adenda: só depois de ter escrito este post, com este título, é que eu soube da morte do grande actor. Uma coincidência incrível. Mantenho o título como homenagem a Raúl Solnado.
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