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A decisão de avançar com uma vistoria de emergência decorre na sequência da derrocada na praia Maria Luísa, que matou cinco pessoas e feriu outras três, e pretende "detectar eventuais situações de perigo". De acordo com Paulo Cruz, numa primeira fase trata-se de fazer uma "avaliação essencialmente visual". "Pela análise visual é possível detectar se há blocos instáveis, fendas recentes não conhecidas", disse, garantindo que após a avaliação das condições de risco "serão tomadas as medidas adequadas para salvaguardar a integridade dos banhistas". A solução pode passar pela colocação de barreiras físicas, pela remoção ou desmonte de rochas instáveis ou mesmo pela interdição parcial ou total de algumas praias, caso o risco seja elevado.
Jornal de Notícias 26.08.2009
Como é habitual, perante o desastre, uma miríade de organismos públicos saem do seu torpor e começam a funcionar como baratas tontas. Acabam quase sempre por encontrar soluções absurdas, pretensamente eficazes, para banir definitivamente todo e qualquer risco que os cidadãos possam correr mesmo que se comportem como verdadeiros irresponsáveis.
É altamente duvidoso que se possa, num país com uma costa enorme, detectar onde e quando a próxima rocha vai tombar. Por isso os burocratas, para não correrem eles próprios o risco de ser responsabilizados, vão dedicar os próximos anos a vedar praias e a rebentar preventivamente com a paisagem. À incapacidade da ciência responderá a arbitrariedade do desenrasca.
Mas então, pela mesma ordem de ideias, perante a derrocada cada vez mais provável do regime, teríamos era que encerrar o país.
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1 comentário:
No dia em que os portugueses crescerem enquanto pessoas e cidadãos, isto é, assumirem as suas responsabilidades, talvez o país possa crescer à famigerada média europeia.
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