Das notícias vindas a público sobre os pagamentos de uma universidade privada a um deputado, dirigente máximo do maior partido da oposição, há uma coisa indubitável, confirmada pelo próprio: Marques Mendes recebeu 12 (doze) mil contos em "senhas de presença".
Vamos esquecer todo o ruído feito à volta deste facto, certamente para o ocultar, e concentremo-nos no essencial.
Qualquer pessoa minimamente atenta à vida empresarial sabe que esta estranhíssima figura das "senhas de presença" tem vindo a ser usada para subtrair os empregadores e os empregados, por comum acordo, às obrigações fiscais ou às contribuições para os sistemas de segurança social.
O facto de a prática ser frequente e envolver até, disse um especialista na televisão, Empresas Públicas e outras entidades com responsabilidades sociais não me parece que possa ser uma atenuante.
Marques Mendes tem que deixar de tentar "tapar o Sol com uma peneira" e explicar porque é que uma verba tão elevada lhe foi paga nesta modalidade.
Se não poupou dinheiro à universidade nem a ele, com óbvio prejuízo colectivo, por que razão foi utilizado o estratagema das "senhas de presença" ?
Se o não fizer, em tempo útil, estará em causa não só uma questão moral mas também a sua capacidade, no plano político, para exigir sacrifícios aos portugueses.
Se o não fizer, em tempo útil, o melhor é ir para casa pois não tem credibilidade para se candidatar ao lugar de primeiro-ministro.
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