Decidi lançar uma petição on-line, dirigida ao Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, para que os radares passem a limitar a velocidade não a 50 mas a 80 km/hora em todos os locais que tenham pelo menos quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos.
Se concorda e quer assinar esta petição vá a:
http://www.petitiononline.com/dotecome/petition.html
Se concorda e quer assinar esta petição vá a:
http://www.petitiononline.com/dotecome/petition.html
Texto da Petição
Lisboa - Pela conversão do limite dos 50 km/h em 80 km/h
Os radares instalados pela Câmara Municipal de Lisboa, que impõem limites de 50 quilómetros à hora em locais como, por exemplo, a Av. Infante D. Henrique, a Av. de Ceuta, a Av. Marechal Gomes da Costa e a Av. Gago Coutinho são uma verdadeira aberração.
Quem os decidiu não deve, não pode, ter a noção do que significa na prática uma tal velocidade.
Como não é possível impor a todos os automóveis um limite de zero quilómetros à hora, por forma a evitar todos os acidentes, temos que encontrar um equilíbrio razoável entre a velocidade e os riscos.
Esse equilíbrio não é, certamente, 50 km/hora. Dá sono, propicia distracções, provoca travagens bruscas e emperra visivelmente a circulação.
Em Lisboa, o limite de 50 km/h foi imposto precisamente nos locais onde, pelas características da rodovia, os lisboetas podiam, depois de muitos engarrafamentos, andar um pouco mais depressa sem correr grandes riscos.
Os jornais informaram que são mais de 2.500 as infracções detectadas pelos radares todos os dias em Lisboa; ao fim de uma semana detectaram cerca de 17.800 condutores em excesso de velocidade e produziram, desta forma, um milhão de euros de receitas dos quais 320 mil terão como destino os cofres da câmara.
Nem os lisboetas são todos irresponsáveis como os números poderiam indiciar nem as dificuldades financeiras de Lisboa justificam tal campanha de caça à multa. Há portanto que corrigir esta absurda prepotência desencadeada pela vereação recentemente substituída.
Vimos por este meio exigir ao recém eleito Presidente da Câmara de Lisboa, Doutor António Costa, que tome as medidas necessárias para converter o actual limite dos 50 km/h para os 80 km/h em todos aqueles troços que, como os indicados neste texto, sejam do tipo "via rápida", com quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos.
Lisboa - Pela conversão do limite dos 50 km/h em 80 km/h
Os radares instalados pela Câmara Municipal de Lisboa, que impõem limites de 50 quilómetros à hora em locais como, por exemplo, a Av. Infante D. Henrique, a Av. de Ceuta, a Av. Marechal Gomes da Costa e a Av. Gago Coutinho são uma verdadeira aberração.
Quem os decidiu não deve, não pode, ter a noção do que significa na prática uma tal velocidade.
Como não é possível impor a todos os automóveis um limite de zero quilómetros à hora, por forma a evitar todos os acidentes, temos que encontrar um equilíbrio razoável entre a velocidade e os riscos.
Esse equilíbrio não é, certamente, 50 km/hora. Dá sono, propicia distracções, provoca travagens bruscas e emperra visivelmente a circulação.
Em Lisboa, o limite de 50 km/h foi imposto precisamente nos locais onde, pelas características da rodovia, os lisboetas podiam, depois de muitos engarrafamentos, andar um pouco mais depressa sem correr grandes riscos.
Os jornais informaram que são mais de 2.500 as infracções detectadas pelos radares todos os dias em Lisboa; ao fim de uma semana detectaram cerca de 17.800 condutores em excesso de velocidade e produziram, desta forma, um milhão de euros de receitas dos quais 320 mil terão como destino os cofres da câmara.
Nem os lisboetas são todos irresponsáveis como os números poderiam indiciar nem as dificuldades financeiras de Lisboa justificam tal campanha de caça à multa. Há portanto que corrigir esta absurda prepotência desencadeada pela vereação recentemente substituída.
Vimos por este meio exigir ao recém eleito Presidente da Câmara de Lisboa, Doutor António Costa, que tome as medidas necessárias para converter o actual limite dos 50 km/h para os 80 km/h em todos aqueles troços que, como os indicados neste texto, sejam do tipo "via rápida", com quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos.
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31 comentários:
Essa proposta não tem razão de ser.
Seria mais inteligente a velocidade máxima se situar entre os 60 - 70 Km/h, pois é tão segura como a 50 e não dá a sensação de estarmos quase com o motor a ir a baixo.
Aproveitei o periodo dos flash sem multa pra testar a que velocidade disparam. Quase todos não disparam abaixo dos 60 Km/h
A proposta de 80 km/h tem o intuito de uniformizar com outras situações já existentes como a segunda circular, por exemplo.
A proposta é simpática.
Acontece que o presidente da Câmara não manda na velocidade nas ruas.
Isso pertence, julgo eu, ao Institudo das Estradas ou aquela organização em que se transformou a DGV e de que não me lembra o nome.
Ele que trate disso, que vá chatiar a DGV. Ou então tem um bom remédio, tira os radares daqueles sítios e lava para onde sejam realmente úteis.
A minha alma está pasmada com o teu intervencionismo cívico!
À falta de melhores utopias, ainda acabas numa ONG...
No melhor pano cai a nódoa.
Já ia adormecendo nas bichas que se formam ao pé dos radares.O meu filho mais velho inventou um nome para o ambiente rodoviário da capital: "síndrome de funeral"...
"Os critérios que estiveram na base da escolha destas 14 vias foram o elevado índice de sinistralidade, a inexistência de semáforos e serem saídas de túneis."
1 - Índice de sinistralidade? Onde foram buscar os números? E que tipo de sinistralidade? Grave? Toques de pára-choques? (ler em baixo) Quantos mortos há por ano na 2ª circular? Ou na radial de benfica? Ou na Infante D. Henrique???
2 - Inexistência de semáforos? E então? Que tem isso a ver com radares de velocidade, a não ser o facto de, por serem vias com menos interrupções, o pessoal pode andar mais depressa, logo é mais fácil multar?
3 - Saídas de túneis? Realmente... é importante... já nem me lembro da última vez que saí de um tunel e não me esborrachei logo todo contra um hipopotamo ou um combóio...
Uma enorme "tanga"... os critérios foram os mesmos de sempre, e qualquer analfabeto consegue olhar e perceber que são normalmente escolhidas as melhores estradas, aquelas onde de facto é possível andar mais depressa, mantendo ou mesmo elevando os níveis de segurança de outras vias...
Veja-se o caso mais flagrante da radial de benfica, onde a PSP registou em 2006 apenas 1 acidente, com 1 ferido ligeiro! Será uma estrada perigosa? Já nem vale a pena referir que se trata de uma estrada praticamente recta, com excelente asfalto e visibilidade, sem acesso para peões nem é local de passagem pedonal para lado nenhum... enfim, uma vergonha, que só pode mesmo ser caça à multa, ou seja, mascarado de prevenção, investem o dinheiro dos nossos impostos em sistemas de cobrar taxas de velocidade, e bem se estão marimbando para a nossa segurança!
Chega a ser mesmo um escândalo a atitude pior do que negligente das autoridades e governantes deste país... considero-os responsáveis e culpados por todos os acidentes, mortos e feridos, ocorridos neste país, porque são eles quem fomenta a ignorância automobilistica e o marasmo sobre este tema, atirando sacos e sacos de areia para a cara dos portugueses, que... coitados, depois de tamanha lavagem cerebral, já acreditam nas lega-lengas do costume - "Causa do acidente: velocidade!", e no cenário do "crime" pode ver o condutor morto ainda com uma garrafa de tintol na mão... ou a estrada toda esburacada... ou sinalização invertida, ou... "you name it", motivos e causas para acidentes não faltam, e praticamente NUNCA é a velocidade, que sozinha, nunca causou nenhum acidente. Gostava de saber como é que aquela gente olha para uma estatística claríssima que aponta as colisões frontais e os atropelamentos nas passadeiras de peões como os dois principais cenários de acidente com mortos, e rapidamente deduz que isso é causado pela velocidade!!! Que raio de raciocínio retorcido é este? Então a velocidade provoca colisões frontais ou circular em contra-mão? A velocidade é que transforma os condutores em trogloditas que não respeitam as passadeiras? Não me gozem! A estatística diz isto, e muito mais (alcool, manobras perigosas, drogas, péssimo ensino da condução, estradas que mais parecem ter sido desenhadas para provocar acidentes, etc), sobre as verdadeiras causas dos acidentes, só não vê quem não quer ver. Pois... eles NÃO querem ver, porque o $$$ fala mais alto!
Outro exemplo engraçado é o do prolongamento da Av. dos EUA... ali o limite era 50 km/h, e todos os dias lá estava o carro da polícia com o radar e a operação stop mais à frente para identificar os condutores. Ora, estamos a falar de uma autêntica AE, com 3 faixas para cada lado, divisória central com passeio alto, rail e rede, passagens aéreas para peões, enfim... a estrada perfeita! Foram multadas ali milhares de pessoas durante anos, porque circulavam, em perfeita segurança, a 60, 70... 90... 100 km/h... enfim, velocidades banais e completamente seguras para um troço daqueles.
Agora, por causa do radar fixo ... decidiram que já era abusar, mudaram o limite para 80 km/h. A estrada é precisamente a mesma... nada mudou, mas o que antes era um perigo de morte a 65km/h, agora é uma paz rodoviária a 80km/h!
Ora, que se passou? Simples... o carro com radar de tripé, estava lá quase sempre, mas nem sempre... e não era 24h/dia... o novo radar fixo, trabalha sem parar, 365 dias por ano, 24 sobre 7! É certo que com o limite de 80 apanham menos "loucos da estrada" por hora, mas estando a funcionar constantemente, acaba por apanhar tantos ou mais do que antigamente, logo, já podem subir o limite... o $$$ entra na mesma, até entra mais, portanto já é seguro andar a 80km/h!!!
Ora, isto dá uma certa esperança... se arranjar maneira de demostrar a quem de direito que na verdade vai conseguir mais multas na AE se subir o limite para 150 km/h, eles logo de seguida começam a dizer que afinal a velocidade segura (leia-se $egura) é 150km/h, e vai de subir o limite!!!
Acompanhem-me nesta cruzada.... vamos mostrar-lhes que quanto mais alto o limite mais multas podem passar, e mais taxas de velocidade nos podem cobrar!
E a segurança como fica? Como sempre ficou... nas campas dos 60.000 mortos e 2 milhões de feridos que nas nossas tão curtas estradas festejaram as nossas políticas de prevenção :(
At 11:59 PM, Sérgio Redondo said...
Está enganado.
O sítio que menciona continua a ser de 50 km/h.
Só há duas vias com 80 que são a Radial de Benfica e a Segunda Circular.
A dra Marina bem queria por lá 80 mas verificou admirada que não manda na velocidade nas ruas, que não manda na PSP e que não manda nos transportes públicos.
Ela como anda de carro da Câmara não sabia disto.
Felizmente já foi embora depois de gastar dois ou três milhões nas maquinetas.
Quem teria levado a comissão habitual?
Se são ridículos os limites de velocidade impostos pelos radares nas vias citadas, as lombas altas colocadas esta semana na Av. de Ceuta, por baixo do Viaduto Duarte Pacheco, são pura comédia. Além de, pela sua altura, obrigarem à quase imobilização dos automóveis e autocarros para serem ultrapassadas, causam filas de trânsito para a sua transposição numa via com três faixas de rodagem. Ah, e atrás já existem os famigerados radares.
Penso quje António Costa depois de ter vencido as autárquicas, não só quis dar um sinal claro que a sua Câmara já está a funcionar, como também mostrar em que moldes esta vai funcionar nos próximos dois anos. Dois longos anos com, adivinha-se, decisões inteligentes.
Vale a pena passar pela Av. de Ceuta e avaliar com os próprios olhos.
Manuel Dias
O que se passou na Av. dos EUA foi que lá o limite sempre foi 50km/h, depois mudou, efectivamente, para 80km/h, tal como está documentado em vários artigos de vários "media"... e agora, ao que parece, e sem que se saiba exactamente porquê, voltou para os 50km/h...
Dizem-me amigos que na Radial de Benfica, embora por um período mais curto (possivelmente só dois ou três dias), também houve tais mudanças repentinas...
Se calhar chegaram à conclusão que só com o limite de 50 naquela que é uma das melhores, senão mesmo a melhor estrada de Lisboa, poderiam sacar o $$$ previsto na Taxa de Velocidade.
Olha que fartote. Andou um escriba durante meses a escrever textos que pensava que ninguém lia e de repente, quando se foca um assunto mais comezinho eis que todos se põem a comentar. No essencial estou de acordo com as críticas que são feitas a estes novos radares.
Penso, apesar de não ser especialista nesta área, que o limite de velocidade para as povoações é de 50 Km/h. Foi uma daquelas medidas populistas, que numa das revisões do Código da Estrada baixou o limite de 60, que foi como eu aprendi há 35 anos, para 50 Km/h. É por isso que em quase toda a Lisboa esse limite está estabelecido. Ainda me lembro de que na 2º Circular o limite era 60 Km/h e a polícia em época de falta de dinheiro lá montava a tendinha para controlar essa velocidade. Havia sempre um cívico, que incapaz de dar a sua opinião, dizia que a lei era para se cumprir e enquanto estivesse assim ele era obrigado a fazê-la cumprir. Depois, provavelmente por protestos como estes lá subiram a velocidade da 2º circular, tendo parado agora nos 80. No resto das vias rápidas de Lisboa, temos de facto que impor este mesmo limite.
Já agora qual é o limite no eixo Norte-Sul?
Quando em toda a Europa nas últimas décadas se travou uma batalha, na maior parte dos casos bem sucedida, contra os excessos de velocidade fora e dentro de zonas urbanas, alguns portugueses que continuam a defender o indefensável. Mais uma vez se fala sobre algo sem saber.
Medidas para ajudar as pessoas a cumprir os limites de velocidade de 50 km/h em zonas urbanas fazem todo o sentido - inclusive quando usam a multa para o fazer. Falar em "caça-à-multa" quando nos referimos a radares que avisam o motorista da sua velocidade e dão a oportunidade de a baixar antes de fotografar a matricula é demagógico e desonesto. Reduzir de 80 km/h para 50 km/h implica o condutor perder 27 segundos por quilómetro - mas poderá ser a diferença crucial para um peão atropelado. Porque razão não poderemos poupar combustível, reduzir as emissões de CO2 e andar mais seguros por tão pouco? Falar em congestionamento por se obrigar os condutores a cumprirem a lei é desonesto - qualquer engenheiro de tráfego poderá explicar que a capacidade de uma via é optimizada para velocidades de circulação entre 40-50 km/h.
Qualquer cidade europeia tem limites de velocidade abaixo dos 50 km/h em zonas urbanas por razões perfeitamente racionais. É criminoso, apesar de habitual, conduzir a velocidades acima dos 50 km/h em dentro das localidades. Dentro dos bairros a velocidade não deverá ultrapassar os 30 km/h. Existem dezenas de estudos que provam que este é o balanço possível e consequentemente é esta a postura legal de todas as cidades europeias e rigorosamente fiscalizado para lá de Badajoz. Afirmar o contrário é provinciano e demonstra ignorância.
Cordialmente,
PA
Caro Paulo Antunes, parece pertencer ao grupo de pessoas que pretende corrigir o mundo pela penitência. Está na moda. Mas as coisas não são tão lineares como pensa.
Talvez não tenha pensado nos efeitos de fazer atrasar milhares de pessoas todos os dias; quais são as consequências de milhraes de pessoas chegarem mais tarde a casa todos os dias depois de terem passado por uma carga de nervos ?
E as ambulâncias e bombeiros que vão ficar retidos nos engarrafamentos provocados pelo limite dos 50 km/h, quantas vítimas provocam ?
Claro que os "efeitos colaterais" não lhe interessam.
Os tais 27 segundos de que fala estão mal calculados pois as filas que provocam podem estender-se por vários quilómetros.
Mesmo que fossem 27 segundos apenas imagine que cada cidadão passa por 6 radares todos os dias. Isso representa 16 horas por ano das suas vidas. A multiplicar por milhões de cidadãos.
Está a pedir a todos os cidadãos que abdiquem de um dia das suas vidas todos os anos para evitar hipotéticos danos que se calhar seriam evitáveis por outros meios.
Como já disse noutro local o processo é sempre o mesmo:
- alguns fanáticos isolam um problema social e resolvem absolutizá-lo para tornar aceitável qualquer medida correctiva.
- avançam com algumas pseudo-soluções que não resolvem o problema, nem beliscam interesses importantes, mas que incomodam todos os cidadãos comuns.
- como as intenções são piedosas ninguém, na área política, tem coragem para as contrariar.
O caro Paulo Antunes já pensou nos milhões que morrem todos os dias de fome e de doenças em África ?
Porque não propõe, em vez dos radares, que importemos apenas os carros económicos e lentos e mandemos o diferencial de preço para salvar essas pessoas ?
O Paulo Antunes anda na rua de capacete ? olhe que de vez em quando caem vasos das varandas.
Eu conduzo automóveis desde os 19 anos e tenho agora 62. Nunca tive acidentes nem magoei ninguém.
Sei muito mais deste assunto do que a maior parte dos auto-mobilizados moralistas do trânsito.
Caro Penim Redondo,
Não é por estar na moda. Compreendo que não saiba ou ande distraido. Mas os limites de velocidade nas vias que refere, são de 50 km/h há várias décadas - o que vc critica é que o estado tome medidas para que a lei se cumpra. Só demonstrar ultraje agora, demonstra que passou décadas a conduzir ilegalmente.
Como já lhe disse, há décadas que esta batalha se trava, com sucesso, no resto da Europa. Não pense que é uma moda, é todo um continente a chegar à conclusão que andarmos em excesso de velocidade é uma inconsciência de quem sabe que está relativamente protegido por quase 2,000 quilos de lata - aliás é sintomático que na sua petição diga que nessas vias os Lisboetas podiam "andar um pouco mais depressa sem correr grandes riscos", como se só a segurança dos condutores fosse importante. É natural que se esqueça dos riscos que incorrem os peões é infelizmente normal e frequente entre os condutores - é por isso mesmo que é preciso cumprir a lei.
Felizmente as pessoas em Portugal estão a ter acesso a mais informação e a viajar - para perceberem porque é que Portugal tem um dos maiores taxas de atropelamentos em meios urbanos. É fácil de explicar - a velocidade é uma das razões principais.
Já lhe tive oportunidade de explicar que é entre 40-50 km que se maximiza a capacidade de uma via. As filas de que fala devem-se ao facto de os condutores não estarem a cumprir a lei antes de ver os radares e travarem - caso se mantivessem a uma velocidade constante de 50 km/h, as filas seriam menores que antes dos radares (talvez com o tempo e o hábito as filas se reduzam).
Está a chamar fanáticos a milhares de engenheiros, políticos e cidadãos que no resto da Europa perceberam o que está em jogo. Lamento mas não quero que Portugal continue a figurar no fim das estatísticas, porque alguns querem chegar alguns segundos mais cedo aos seus destinos. Não é uma questão de orgulho nacional mas pôr a vida à frente da pressa.
No futuro, se tiver coragem, o António Costa avançará com mais soluções para tornar Lisboa uma cidade onde dê mais prazer viver (basta ler o programa dele e de TODOS os candidatos a Lisboa para perceber que são todos uns "fanáticos").
A ideia que teve de limitar a velocidade dos carros importados até pode ser boa - já agora faça uma petição.
Não ando na rua de capacete, mas se todos os condutores pensassem como vc e os políticos não tivessem a coragem de fazer o que é do domínio do bom-senso, um dia teria que andar de armadura medieval.
Cordialmente,
Paulo Antunes
Resumindo e concluindo: a generalidade dos cidadãos, que tem ao longo da vida circulado a mais de 50 km/h, beneficiando até agora da complacência das autoridades que sabem que a lei é absurda, são todos uns inconscientes se não mesmo criminosos.
O Paulo e os seus amigos é que sabem como é. O povo só tem é que aprender e obedecer.
Onde é que o António Costa vai buscar a legitimidade para fazer o contrário daquilo que, à razão de 2.500 por dia, o povo parece pensar.
Por que não faz então um referendo ?
Porque talvez também ele, como o Paulo, esteja convencido de que ele é que sabe o que é bom para o povo.
Já conduzi em toda a Europa, em África e nos Estados Unidos mas isso não me obriga a concordar com uma coisa que considero absurda. Como é hábito em Portugal copia-se apenas o que incomoda o cidadão e esquece-se de copiar o resto: qualidade das estradas, sinalização, etc, etc.
Nos locais onde pretendo que o limite passe de 50 para 80 km/h ou não passam peões, porque está vedado, ou não deveriam passar. Se o estado quer prevenir os comportamentos irresponsáveis de quem atravessa uma via rápida então coloque vedações bem altas.
Não faça pagar o preço da irresponsabilidade de alguns a todos os outros que não têm culpa.
Há dias, pela segunda vez em alguns meses, um condutor atravessou a ponte no Porto, por cima dos carris do metropolitano, e só parou do outro lado. O que propõe o Paulo, que deixe de haver metro no Porto ?
Constantemente há quem entre nas auto-estradas em contra-mão, o que propõe o Paulo ? que passemos a andar às arrecuas para não ser atingidos ?
Uma coisa lhe digo: se os lisboetas algum dia resolverem cumprir os limites legais de velocidade em Lisboa vamos assistir a um caos.
Olhe que até já há que proponha isso para o caso de António Costa resolver fazer ouvidos de mercador.
O fundamentalismo nunca é um bom caminho para a humanidade. A humanidade andou sempre cada vez mais depressa para chegarmos até onde estamos e, apesar dos velhos do restelo, continuará a andar.
O que é mais caricato é que estes fundamentalistas, no seu dia a dia, andam a mais de 50 como todos os outros...
Um camião cai num precipício na IC2. O motorista mantém contacto pedindo ajuda que demora 4 horas para resolver o problema do seu encarceramento. Quando é finalmente retirado já está morto.
O INEM demorou demasiado e trabalhou mal, ao que consta.
Este e outros casos identicos e recentes é que deviam preocupar estes maníacos da proibição ...
De facto este país é fabuloso. Veja-se esta petição. Até parece que em Portugal morre pouca gente na estrada. Até parece que em Lisboa não existem atropelamentos. Até parece que na Alemanha dentro das cidades o limite mais comum não é o 30.
Tenham juízo ... e vergonha.
Pode ser que um dia percam um filho, ou um familiar querido porque o condutor achava que essa via tinha condições para circular a 80.
Citando
"Seria mais inteligente a velocidade máxima se situar entre os 60 - 70 Km/h, pois é tão segura como a 50 e não dá a sensação de estarmos quase com o motor a ir a baixo."
Como é possível além escrever uma coisa destas. Questionou-se: Será que tem carta de condução ? Será que sabe minimamente as leis da física ?
Seguramente nem uma nem outra, porque que sabe o que é a Energia cinética sabe que a 70 km/ a energia a dissipar é 80% superior
Aliás à uns tempos mandaram-me um link que exeplica isso
http://www.dem.ist.utl.pt/acidentes/para/seguranca.html
Ora assim sendo não percebo. Estamos a morrer pouco nas estradas. Mais umas quantas crinaças não faz mal, desde que alguns senhores que desconhecem o que é uma caixa de velocidades, deixam o carro ir abaixo a 50 Km/h !
Haja vergonha, porque bom senso é um coisa que falta por aqui e por outros lados, e por essas e por outras estão os cemitérios cheios !
Caro Penim Redondo,
De facto tem razão - demasiados condutores Portugueses são inconscientes e mesmo criminosos. Basta olhar para as estatísticas.
Não personalize porque não sou eu e os meus amigos, são milhares de pessoas, técnicos e políticos em toda a Europa - de facto vc ao defender limites de velocidade superiores a 50 km/h em zonas urbanas está claramente em minoria na Europa e teria mais razões para o apelar de fanático - não o faço.
Pelo mapa que mostrou e fazendo um calculo muito rápido, os radares poderão estar a controlar mais de meio milhão de movimentos diários. Se assim for, os condutores multados não deverão chegar aos 0,5%. Por outro lado menos de 30% dos Lisboetas possui carro. Talvez não seja muito boa ideia para a sua causa ir a referendo.
Reparei que tem uma longa história pessoal de luta pela democracia. Gostaria que percebesse que democracia é um sistema bem mais complexo que governar e decidir através de referendos. Não gostaria de viver num país em que todos os decretos leis se fizessem com base em referendos.
Se bem entendo, quer vedar o acesso a peões nas Av. Infante D. Henrique, a Av. Marechal Gomes da Costa e a Av. Gago Coutinho. Desculpe, mas para uma percentagem mínima de condutores chegar uns segundos mais cedo ao semáforo seguinte, parece-me desproporcionado. Muitas destas av. têm moradores, paragens de autocarros e locais de emprego.
Acho que está a pensar demasiado em si próprio e que se danem os outros.
Não, não pode concluir das minhas palavras que deixe de haver metro do Porto, nem que se ande às arrecuas nas auto-estradas. Estou simplesmente a advogar que se cumpra a lei que já tem muitas décadas e que vc pelos vistos habituo-se a não cumprir. Simplesmente quero que em Lisboa se cumpra velocidades racionais como em qualquer outra cidade europeia.
Continua a insistir que baixar a velocidade causa engarrafamentos. Já lhe expliquei várias vezes que não é assim. De facto é precisamente o contrário: 1) A capacidade de uma via raramente é determinada nos troços rectos porque ai a capacidade é sempre muito maior que nos cruzamentos (pergunte a qualquer canalizador) 2) Num troço recto a capacidade (número de carros por hora) é maximizada entre 40-50 km/h. Conclusão: se os condutores amanhã decidissem cumprir a lei haveria menos congestionamentos, menos ruído, menos poluição e menos mortos. Se não acredita vá a Badajoz. Aí está uma boa petição.
Como já lhe expliquei, quem está a ter uma posição próxima do fundamentalismo, que admito que seja pouco meditada, é vc e quem assina a petição. A seu argumento parece ser - "legalize-se o roubo, porque como todos roubam é porque é natural e não pode ser condenável".
Caro Anónimo,
Leia o meu último paragrafo.
Caro Filipe Gomes,
A ineficiência do INEM é mais uma razão para termos todos mais juízo. De qq forma, o meu argumento não exclui que se melhore os serviços de socorro. Garanto-lhe que as minhas opiniões sobre segurança rodoviária não se esgotam nas minhas respostas ao Penim Redondo.
Pense um pouco!
Cordialmente,
PA
Os números são assustadores e foram fornecidos ao CM pela Câmara Municipal de Lisboa (CML). Na Avenida 24 de Julho, principal zona de diversão nocturna da capital, 38 pessoas foram atropeladas – seguindo-se as avenidas Almirante Reis, Infante Dom Henrique e da República, com 26, 19 e 15 vítimas, respectivamente.
(...)
A via que registou mais despistes, entre automóveis e motos, com ou sem feridos, foi o Eixo Norte-Sul, 54 casos – seguido da Avenida Infante Dom Henrique, 51 ; Segunda Circular, 42 e Avenida Estados Unidos da América, com 34.
Fonte
Espero estar a contribuir para um debate informado.
Cordialmente,
Paulo Antunes
Cordial Paulo Antunes:
O problema principal da 24 de Julho não são os atropelamentos mas sim as cirroses, as overdoses, o HIV e a hepatite C. São as principais causas de morte.
Os atropelamentos são apenas uma outra manifestação da mesma causa: os bares.
O Paulo podia fazer uma petição pelo encerramento dos bares mas palpita-me que também é frequentador.
Prefere portanto culpar os incautos automobilistas que vêm as faixas de rodagem invadidas com a complacência das autoridades.
O cumprimento da lei é só para alguns ?
Caro Filipe Gomes,
Fico impressionado com os seus palpites. Não só falham redondamente (talvez em homenagem ao nome do promotor da petição) como tb são totalmente ao lado da discussão.
A Av. 24 de Julho não consta da petição nem tem radares. Talvez não tenha reparado mas coloquei a negrito na notícia a Avenida Infante Dom Henrique, que não me consta que contribua para as cirroses de Lisboa.
Já agora e também: AVENIDA MARECHAL GOMES DA COSTA
Danos: 7
Abalroamento: 95
Atropelamento: 1
TOTAL: 103
Cordialmente,
PA
Choca-me a forma pornográfica como estes tipos usam os mortos para fundamentar a sua propaganda.
Só tem paralelo no uso das fotografias dos fetos por parte dos militantes anti-aborto.
O fundamentalismo tem sempre os mesmos métodos...
Estive a ver o filme recomendado pelo Paulo Antunes "Pense um pouco" e acho que é revelador.
Demonstra que a motivação não é a redução dos acidentes mas a imposição de um "estilo de vida" imaginado por líricos.
O filme mostra um senhor a passear um cão em plena rua e um candidato a Nani a dar uns toques no meio do asfalto e a ser depois atropelado. O "culpado" é um desgraçado qualquer que ía para casa e teve o azar de encontrar uma cena destas.
Parece que o Paulo Antunes defende também para a Av. de Ceuta que os peões disponham da estrada a seu bel-prazer; atravessam onde e como quiserem. Os "porcos capitalistas" dos condutores que parem.
Só que o condutores não são "porcos capitalistas" mas sim, na maior parte dos casos, pessoas que passaram o dia a trabalhar e que ainda vão ter que aturar vários engarrafamentos antes de poderem abraçar os filhos.
Embora não concorde com a petição lançada, entro neste "debate de ideias".
Não concordo com esta petição porque: não deveriam ser só agora colocados em causa os limites de velocidade nas vias em que foram instalados radares. Os limites "impostos" pelos radares são os mesmos que já anteriormente eram "impostos" pela sinalização e pelo código da estrada.
Sendo assim, porque só agora são colocados em questão tais limites? Há que ter espinha dorsal!
A minha experiência diz-me que não são os radares que causam as filas de trânsito. São os condutores que, vindo anteriormente em excesso de velocidade, as causam, porque reduzem a velocidade abruptamente. Muitas vezes, reduzem a velocidade mais do que necessário, passando pelo radar a 60 ou 50km/h quando o limite é 80km/h. Aí sim, surgem as filas.
Paulo Antunes disse:
"Os números são assustadores e foram fornecidos ao CM pela Câmara Municipal de Lisboa (CML). Na Avenida 24 de Julho, principal zona de diversão nocturna da capital, 38 pessoas foram atropeladas – seguindo-se as avenidas Almirante Reis, Infante Dom Henrique e da República, com 26, 19 e 15 vítimas, respectivamente..."
Pelo que eu sei dessas 4 só a Infante D. Henrique foi contemplada com radares.
Ainda por cima é tão grande que se calhar os atropelamentos foram num local e os radares estão noutro.
Que grande trapalhada
Caro Anónimo,
Não conheço os "tipos" de que fala. De qualquer forma a sua comparação é ridícula e insultuosa. Só citei a notícia do CM porque demonstra que há peões e mortos nas ruas da petição. Facto que me pareceu esquecido ou negado nas resposta do Penim Redondo.
Caro Maria Alberto,
Pelo menos os seu post tem uma virtude - já me ri bastante hoje de manhã. De facto, é óbvio que só um comuna é que anda a passar o cão em plena rua e o candidato a Nani deve trabalhar para o KGB porque dá uns toques numa bola invisível com uns sacos de compras na mão para disfarçar e prejudicar o "porco capitalista". Deve ser um filme do bloco de leste encomendado pelo Estaline!
Já estou em contactos com o Bin-Laden.
Caro Gonçalves,
Que trapalhada! Não fui eu que disse. Estava a citar o Correio da Manhã como é óbvio pelas aspas e itálico. De resto, e de forma a não adulterar a notícia, optei por pôr o paragrafo na sua totalidade pondo a avenida da petição em negrito. Aliás, se tivesse lido com atenção, digo isso mesmo noutro comentário.
Chamo a atenção para o link do enviado por um anónimo mais acima:
http://www.dem.ist.utl.pt/acidentes/para/seguranca.html
Pelas leis da física, infelizmente a energia do impacto não aumenta proporcionalmente com a velocidade, e os condutores não têm, nem podem ter, essa percepção. As distâncias de travagem aumentam com o quadrado da velocidade. Os tempos de reacção são muito mais elevados que qualquer condutor pensa e aumentam tb com a velocidade, enquanto que a capacidade de dissipação da energia na travagem é sempre proporcional à distância de travagem que tb depende da velocidade.
Cordialmente,
PA
Obrigado por fazer esta petição da qual vou já assinar.
Sou contra fundamentalismos.
Esta petição é completamente irresponsável pelo desconhecimento que revela do assunto, argumentos falaciosos e leviandade com que trata a segurança dos peões. Vou só dizer que a Avenida de Ceuta não tem nada de via rápida e que já lá morreu muita gente atropelada.
E não vale a pena perder mais tempo a comentar algo que ou é fruto da imaturidade de um adolescente, ou da já habitual desculpabilização e desresponsabilização das asneiras que cada um faz. Vamos culpar os radares por travagens bruscas de quem vem a cometer uma infracção a 100, 150 ou até a 200km/h como já se viu. Acho que sim.
Os senhores em quem delegámos o exercício do poder, através do voto democrático, não conseguirão mesmo governar com um pouco mais de inteligência, meter na ordem os burocratas empedernidos, reduzir o défice orçamental sem sobrecarregar o bolso do cidadão e acabar de vez com estes verdadeiros "assaltos de estrada"? Afinal foi para servir o público e não para perpetuar os interesses das clientelas instaladas que neles delegámos o poder! Tenham juízo e um mínimo de pouca vergonha!
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