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Assim são tratados aqueles que se rendem às regras materialistas sem compreender que há valores que estão para além disso.
Nós aqui vivemos numa espécie romântica de socialismo virtual em que não se cuida de saber quanto custa o sonho.
Uma mistura da cavalaria medieval e da habilidade do Alves dos Reis.
Há países, prosaicos, que enriquecem primeiro e depois tratam dos seus desvalidos. Nós não. Comprámos o Estado Social a crédito mostrando assim a nossa generosidade e o nosso desapego. O único problema é que estamos com dificuldades para pagar as prestações.
As instâncias internacionais mostram não compreender estes rasgos de romantismo que nos caracterizam. Na sua cegueira materialista insistem em falar de bancarrota e não se ensaiam nada para deixar de nos emprestar o dinheiro com que alimentamos a grei.
O nosso Ministro das Finanças e o nosso Presidente já lhes deram a reprimenda merecida que o nosso patriotismo impunha. E eles fingiram que se estavam nas tintas.
Seja como fôr, mesmo de tanga, ganharemos moralmente como a nossa selecção costumava fazer.
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1 comentário:
É verdade que continuamos a comprar a crédito os encargos do Estado social.De qualquer forma todos embarcámos na legitimidade desse romantismo e não queremos equacionar as saídas possíveis para o beliscar o menos possível.Ao fim e ao cabo o 25 de Abril estava cheio de promessas e muitos de nós embarcámos nas incontroláveis exigências das suas satisfações.
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