(fotografado com o telemóvel)
Percorro este passadiço sobre as àguas, em frente ao Pavilhão de Portugal na Expo, quase todos os dias desde há vários anos. Regularmente regressa uma equipa de manutenção que se dedica a substituir as ripas de madeira do pavimento que entretanto apodreceram ou se partiram.
Que o arquitecto não se tenha lembrado de que a madeira, naquelas condições ambientais, iria ter um elevado custo de manutenção é lamentável. Que os gestores da Parque Expo ainda não tenham resolvido substituir as ripas por outras mais resistentes e duráveis (PVC ?) é ainda mais inaceitável.
Por todo o país este tipo de desleixo é multiplicado por milhares de casos. As obras querem-se lindas, para encher o olho, mas ninguém se preocupa muito com aquilo que se vai gastar na sua manutenção. Quem vier atrás que feche a porta.
Por isso já nem ficamos admirados quando nos dizem que foi comprada uma frota de helicópteros sem cuidar de negociar, à partida, um contrato de manutenção. A gravidade é maior mas o desleixo subjacente é o mesmo.
Hábitos de rico em país de pobres.
.
1 comentário:
Dois casos:
O passadiço: acordo quase absoluto. Trocar por outro material? Não. Maaadeiiiira. Madeira é o adequado. Não, não sugiro que se corte o Alberto João às ripinhas para pôr lá (o homem duraria uma eternidade). Lembro que a madeira tratada é resistente (exemplo: utilizar as traves de caminho de ferro do Tua ou outras linhas a desactivar)
Submarinos: Também há riscos com garantias de manutenção? Não chegava o incumprimento da contrapartidas? Bolas...
Enviar um comentário