domingo, janeiro 17, 2010

Alegre ilusão

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De vez em quando, ao estilo luso, o pessoal gosta de se galvanizar por uma ilusão redentora qualquer.
Agora é Manuel Alegre. Vai trazer a união à esquerda desavinda, mesmo àquela esquerda que não sabe que o é e também àquela que não sabe por que é que o é.
Mas o problema da esquerda é outro. É não saber que caminho tomar, não conseguir descobrir a saída do labirinto.

Um projecto de futuro é muito mais do que "cuidar dos pobrezinhos" ou impor-lhes, a martelo, a última fractura da moda.
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5 comentários:

Luís Maia disse...

Um projecto de futuro é muito mais do que cuidar dos pobrezinhos, mas não há projecto com futuro que não comece por cuidar dos pobrezinhos. Pelo menos sob o ponto de vista da ética do estado (do que devia ser a).

Porque consideras que a candidatura de Alegre é sinónimo de ilusão redentora ?

Quem disse isso ?

O objectivo não será encontrar alguém capaz de derrotar alguém que está muito longe de trazer aos portugueses qualquer tipo de ilusão e muito menos redentora.

Não estou a ver assim de repente ninguém capaz de aglutinar projectos políticos de esquerda, melhor do que Alegre.

Não andam muita gente a clamar, para a necessidade de encontrar unidade em tempos de crise ?

Pode é haver interesses partidários que o anulem.

F. Penim Redondo disse...

Caro Maia,

é uma ilusão redentora porque se susbstitui ao trabalho sério para construir uma política alternativa à política de direita.
Mesmo que o Alegre ganhasse e o BE tivesse maioria absoluta continuaríamos a não saber para onde ir (Louçã seria um novo Sócrates quando tivesse que enfrentar as realidades ?)
Há muitos anos que ninguém se dedica a formular o que é a política alternativa da esquerda.

joaquim almeida disse...

-Nunca votaria em alguém com língua bífida.
-Manuel Alegre é um farsante um hipócrita de medra.

Luís Maia disse...

Pois é meu caro Penim eu só pergunto porque se diz que o BE não elabora propostas políticas para o futuro, quando apresentou no último acto eleitoral um programa com 112 páginas.

Um partido como o PPD-PSD que se diz ser a alternância de poder, nem sequer líder têm apresentou 1 folhinha A4 e que depois se via o resto.

Aceito que se diga que não se concorda com as tais 112 páginas, mas não aceito que se diga que não existem ideias.

Anónimo disse...

"Há muitos anos que ninguém se dedica a formular o que é a política alternativa da esquerda".
Pois é, mais ou menos desde os mesmos anos que o FPR decidiu que não há alternativa à politica de direita.