De vez em quando, ao estilo luso, o pessoal gosta de se galvanizar por uma ilusão redentora qualquer.
Agora é Manuel Alegre. Vai trazer a união à esquerda desavinda, mesmo àquela esquerda que não sabe que o é e também àquela que não sabe por que é que o é.
Mas o problema da esquerda é outro. É não saber que caminho tomar, não conseguir descobrir a saída do labirinto.
Um projecto de futuro é muito mais do que "cuidar dos pobrezinhos" ou impor-lhes, a martelo, a última fractura da moda.
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5 comentários:
Um projecto de futuro é muito mais do que cuidar dos pobrezinhos, mas não há projecto com futuro que não comece por cuidar dos pobrezinhos. Pelo menos sob o ponto de vista da ética do estado (do que devia ser a).
Porque consideras que a candidatura de Alegre é sinónimo de ilusão redentora ?
Quem disse isso ?
O objectivo não será encontrar alguém capaz de derrotar alguém que está muito longe de trazer aos portugueses qualquer tipo de ilusão e muito menos redentora.
Não estou a ver assim de repente ninguém capaz de aglutinar projectos políticos de esquerda, melhor do que Alegre.
Não andam muita gente a clamar, para a necessidade de encontrar unidade em tempos de crise ?
Pode é haver interesses partidários que o anulem.
Caro Maia,
é uma ilusão redentora porque se susbstitui ao trabalho sério para construir uma política alternativa à política de direita.
Mesmo que o Alegre ganhasse e o BE tivesse maioria absoluta continuaríamos a não saber para onde ir (Louçã seria um novo Sócrates quando tivesse que enfrentar as realidades ?)
Há muitos anos que ninguém se dedica a formular o que é a política alternativa da esquerda.
-Nunca votaria em alguém com língua bífida.
-Manuel Alegre é um farsante um hipócrita de medra.
Pois é meu caro Penim eu só pergunto porque se diz que o BE não elabora propostas políticas para o futuro, quando apresentou no último acto eleitoral um programa com 112 páginas.
Um partido como o PPD-PSD que se diz ser a alternância de poder, nem sequer líder têm apresentou 1 folhinha A4 e que depois se via o resto.
Aceito que se diga que não se concorda com as tais 112 páginas, mas não aceito que se diga que não existem ideias.
"Há muitos anos que ninguém se dedica a formular o que é a política alternativa da esquerda".
Pois é, mais ou menos desde os mesmos anos que o FPR decidiu que não há alternativa à politica de direita.
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