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Cara Manuela Ferreira Leite, apesar da sua idade e da sua experiência, deixe-me dar-lhe um conselho: nunca - mas nunca - utilize a palavra "procriação". Ninguém, a não ser padres e freiras, pode usar a palavra "procriação" e sair de mansinho de uma conversa, como se não fosse nada. Procriação cheira a incenso. Procriação cheira a naftalina. A rebuçados do dr. Bayard. A Farinha 33. Aos tempos em que só havia a A1 e a A2. Para sua informação, cara Manuela, Portugal já vai na A44. Portanto, ponha um post-it no porta-moedas: "procriação, não." Se de repente estiver no meio de uma entrevista à TVI e começar a pensar "ah, e tal, a procriação" - shut, ponha logo a mão na boca. Procriação, não.
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É que para um rapaz como eu, que está mais para a direita do que para a esquerda nas políticas mas que é liberal nos costumes, a Manuela Ferreira Leite está a defender o reforço de um estado social e da subsidiodependência, que é coisa de PCP, para depois se mostrar altamente conservadora em matérias individuais, que é coisa de CDS-PP. E assim, de repente, olho para si e vejo-me no pior de dois mundos. Estamos trocados, eu e você. Por um lado, quando se mostra muito preocupada com o estado do país, parece que se lhe poderia aplicar, com o devido twist, a blague de Nani Moretti: "Uma coisa de direita, por favor, diz uma coisa de direita." Por outro, quando fala de família e homossexuais, levo com um uppercut do punho destro que me deixa estendido no tapete.
Para ler o resto deste engraçadíssimo texto de João Miguel Tavares no DN de hoje clique AQUI
Ladainha dos póstumos Natais
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*Ladainha dos póstumos Natais*
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que ...
Há 1 hora
1 comentário:
LOL , muito engraçado e bem observado ...
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