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"Aos emails da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) chegam todas as semanas dezenas de pedidos de ajuda alimentar. Pessoas que evitam revelar o menos possível sobre si próprios e pedem ajuda para atravessar o período difícil que se vive e matar a fome.
Quem o diz é Manuel de Lemos, presidente da UMP, que alerta para este novo padrão de pobreza que foge ao típico retrato dos pobres conhecido em Portugal. "São pessoas com um perfil diferente, que não vivem na miséria, mas estão à beira de entrar na pobreza", explicou ao DN, acrescentando que este é um fenómeno que se veio a sentir desde o início do ano, quando se intensificaram os problemas económicos.
"Não estamos a falar de idosos, dos típicos desempregados, mas de pessoas com menos de 40 ou 45 anos que se calhar não deixam de pagar a netcabo nem desmarcam as férias na agência de viagens (!!) mas passam fome", conta Manuel de Lemos, que diz que ao seu próprio email já chegaram dezenas de pedidos de ajuda." (DN, 20.07.2008)
No mesmo dia, no Público, Francisca Gorjão Henriques falava da dureza da vida dos "trabalhadores deslocados" na China, em artigo intitulado "São eles que pagam o milagre económico da China":
"Por todo o país, estima-se que entre 150 e 200 milhões tenham deixado as suas casas para procurar trabalho onde há mais oferta: as províncias orientais e costeiras. Há um ano, um relatório da Amnistia Internacional salientava que são eles quem "paga os custos do milagre económico do país", explorados pelos patrões e discriminados pela população urbana. "Os que conseguem completar o laborioso processo de hukou enfrentam discriminação para comprar casa, na educação, saúde e emprego"; os outros "são deixados sem qualquer estatuto legal, tornando-se mais vulneráveis à exploração pela polícia, senhorios, residentes locais e empregadores", dizia o relatório".
Só é pena que estes esforçados chineses não tenham forma de enviar um email ao senhor Manuel de Lemos da União das Misericórdias Portuguesas. Estou certo de que resolveriam todos os seus problemas.
Dilemas dos EUA, Rússia e China
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*O prof. **Michael Brenner**, no texto, anteriormente apresentado **(1)**, **referindo-se
à verborreia belicista n**a UE/NATO**,** sem potencial político,...
Há 40 minutos
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