Falemos claro a propósito dos participantes no comício-festa do Trindade. Às portas do segundo semestre de 2008, atribuir identidade política, e a consequente legitimidade representativa, a ex-pintasilguistas é pelo menos caricato.
Quanto à Renovação Comunista, a outra ficção arregimentada para enfeitar o palco e que eu conheço bem, é uma organização que neste momento, infelizmente, está reduzida a um grupo de amigos que não representa ninguém. Quando surgiu, ainda nos tempos do saudoso João Amaral, despertou enormes esperanças e movimentações mas tudo isso se foi esvaindo por causa do sectarismo e vedetismo de meia dúzia de "dirigentes". Não será num táxi, mas num autocarro cabem certamente todos os dirigentes e as bases, que se conformaram em ser um apêndice do apêndice do BE.
Por isso são mais do que justas as análises que apresentam o comício do dia 3 como uma construção do BE, encenada como era hábito do PCP, com aliados que não têm existência própria e que obtêm, em troca, um destaque público completamente injustificado.
Em vez de procurar com trabalho e com afinco novos caminhos para a esquerda (unida, porque não ?) vive-se de parasitar influências e cargos com base numa fachada que nada tem por trás.
O facto de ainda ter na RC amigos, como o Jorge Nascimento Fernandes, não me obriga a pactuar com manobras políticas irresponsáveis.
O facto de ter rompido nos anos 90 com a militância no PCP não me leva a considerar correcta toda e qualquer actuação só porque é contra esse grande partido histórico.
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8 comentários:
E não é que, se tirasses o último parágrafo até estava de acordo contigo? A festa ou comício, ou lá o que queiram chamar-lhe, não foi CONTRA o PC! Isso nem o Jerónimo diz, julgo eu.
Quanto às pintassilgas, tudo quanto se diga é pouco: completamente ridículo que venham agora armar-se em nome de uma qualquer esquerda a que nunca pertenceram, nem antes do 25 de Abril, nem por exemplo, durante a campanha pelo aborto, em 2007: elas que tão feministas são, por definição, ficaram discretamente em casa.
Caro Fernando com o post que tu colocaste e provavelmente com algumas respostas que eu te dei deixa de ter sentido continuar a escrevermos no mesmo local. Portanto como tenho o meu blog, eu seguirei o meu caminho e tu o teu. Agradecia por isso que retirasses o meu nome dos colaboradores.
Um abraço, com amizade.
Não se zanguem!
Só me meto na conversa porque o meu nome também continua neste blogue, embora não escreva aqui há muitos meses. Não por discordar do Fernando - o que, como sabem, acontece muitas vezes -, mas por falta de dom da ubiquidade e porque nunca pensei publicar o mesmo nos dois blogues. Mas como o Jorge começou..., penso que não são as polémicas que o devem impedir, porque são salutares, embora certamente complicadas, em blogues colectivos.
Mas claro que cada um sabe de si...
Corrijo o 1º comentário que aqui pus: não subscrevo o que dizes sobre os Renovadores, até porque não tenho elementos para me pronunciar, em qualquer sentido sobre a sua actividade.
Devia esta correcção ao Jorge.
Visite-nos!
Joana, o meu último paragrafo não se refere à festa, que se limitou a omitir o PCP, mas à atitude que por vezes tomam pessoas da RC.
Joana e Jorge, estive no Alentejo sem computador e por isso sá agora vi as reacções ao meu último post.
penso que o Jorge tem razão no sentido em que os leitores, se não repararem na autoria de cada post, acabam certamente por ficar baralhados com opiniões contraditórias.
Assim decidi acabar com o "colectivismo" no DOTeCOMe para assumir integralmente a responsabilidade pelos conteúdos daqui para o futuro.
Vou portanto eliminar da barra do lado direito as listas "Os posts de cada autor" e "Quem somos".
Os posts antigos continuarão disponíveis para quem os encontrar ou quem clicar nos tags respectivos.
Um abraço, com amizade, para os dois e espero que não sejam meigos a criticar os meus posts através dos comentários que serão sempre bem-vindos.
Acho que fizeste muito bem, Fernando.
No que me diz respeito, não pelas divergência, mas porque, de facto, nunca mais aqui escrevi. Nunca me pareceu que fizesse sentido duplicar aqui «posts» do meu blogue.
Portanto... a guerra continua.
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