Miguel Sousa Tavares diz, no Expresso desta semana, "Eu prefiro o Chavez":
"É verdade que um demagogo é sempre perigoso, mas um demagogo no poder num país como a Venezuela, mesmo com o petróleo, não pode fazer grande mal ao mundo. Um mentiroso, no poder num país como os Estados Unidos, pode fazer e faz".
MST está equivocado, a questão não é essa.
É precisamente para quem não gosta de Bush e do que ele representa que Chavez constitui um problema. Quase faz o Bush parecer um ser civilizado, uma pessoa de bem.
O Chavez e o seu socialismo pimba, movido a petróleo, é o pior compagnon de route que a esquerda podia desejar; é a demonstração mais cruel do impasse em que a esquerda se encontra.
É o equivalente do Alberto João para o PSD. Uma coisa que preferíamos que não existisse.
Basta ver uma conferência de imprensa de Chavez, em que só falta dar biberon ao neto, para perceber tudo. Faz esmola ao povo com as riquezas naturais do país como se se tratasse de uma magnanimidade pessoal que lhe desse o direito a presidir para sempre.
1 comentário:
O cenário de derrota do Presidente venezuelano, Hugo Chávez, no referendo constitucional parecia uma miragem há alguns meses, mas está a tornar-se bem real à medida que se aproxima 2 de Dezembro, o dia do escrutínio. Uma sondagem da empresa Datanálisis, para o jornal El Universal, dava ontem uma importante vitória ao "não", com mais 14% de intenções de voto que o "sim".
A alteração nos números parece dever-se à diminuição na abstenção, com os próprios apoiantes de Chávez a votarem "não". Isto porque, apesar de alguns pontos consensuais, como a diminuição do horário laboral, nem todos concordam com a reeleição presidencial ou com as alterações ao nível da propriedade privada.
No seu último comício em Caracas, o Presidente chamou traidores aos que seguem o lema "Chávez sim, reforma não" - "Aqueles que estão comigo de verdade votem 'sim', os que votam 'não' estão contra mim, contra a revolução e contra o povo", afirmou.
Em caso de derrota - que seria a sua primeira -, Chávez afirmou que terá de "entrar em profundas reflexões" e começar a preparar-se para escolher o seu sucessor para as eleições de 2012. O Presidente apelou por isso à mobilização de todos "em cada esquina e em cada aldeia".
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