terça-feira, novembro 20, 2007

Há sempre um maçarico que se atravessa no nosso caminho


O DN noticia "o maçarico-de-bico-direito , uma ave que voa em grandes bandos, pode inviabilizar a construção do novo aeroporto em Alcochete...o LNEC considera que a opção de Alcochete tem vantagens, mas adverte que as aves podem colidir com os aviões. Apesar de a ave não estar em Portugal nesta altura, o laboratório recomenda a continuação da avaliação dos riscos".
Entretanto como se estes maçaricos não bastassem o chamado Grupo de Coimbra diz à TSF que o estudo a que procedeu «... tem novos dados, nomeadamente o problema do fluxo humano que dará acesso ao aeroporto. Porque uma das grandes falácias do estudo da CIP é que não tem em conta que a grande maioria dos portugueses e dos estrangeiros que aterram em Portugal, vão para o norte do país». O Grupo de Coimbra acrescenta ainda «Além disso, há o estudo do território, porque se o aeroporto fosse na margem sul, seria obrigatório, com custos enormes, construir as coisas (comércio, localidades) que não existem no outro lado do Tejo», retomando a saudosa tese de Mário Lino sobre o deserto da margem sul.
Nesta conformidade várias ideias me assaltam. Desde logo uma sugestão para o protocolo do Ministério dos Negócios Estrangeiros: montem a tenda do Kadafi em Alcochete que o homem vai rejubilar.
Estou intrigado com o paradeiro do maçarico mas pelo que diz o Grupo de Coimbra deve ter rumado ao Norte. Como voa em grandes bandos podemos ter aí uma boa explicação para a vaga de assaltos a bancos e caixas automáticas.
O grande problema deste país é haver sempre um maçarico que se atravessa no nosso caminho...
Dadas as vantagens de Alcochete talvez fosse de aceitarmos a criação, por mutação, de uma nova espécie: o "maçarico-de-bico-levemente-amolgado".

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