domingo, fevereiro 13, 2011

Esqueletos no armário

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Um homem de 80 anos foi encontrado morto no sábado, em sua casa, em S. Mamede Infesta, Matosinhos, tendo sido o alerta dado por um vizinho que já "não o avistava há alguns dias", disse fonte da PSP/Porto.

Um reformado do Exército, de 71 anos, foi encontrado morto na casa onde vivia sozinho, em Balsas, Febres, no concelho de Cantanhede. Um vizinho comunicou à GNR que não o via há três meses. É o segundo caso numa semana.
Segundo o "Jornal de Notícia", o cão terse-á alimentado do dono, cujo corpo estava em estado de decomposição.

Um grupo de "amigos e admiradores" de Carlos Castro, entre os quais Filipe La Féria, Vítor de Sousa e Eládio Clímaco, vai propor à Câmara de Lisboa que seja dado o nome do cronista social a uma rua da cidade.

Três casos num único dia, num único jornal (o DN). Surgem depois da mulher que esteve morta em sua casa durante nove anos e só foi descoberta por não pagar os impostos.
Estamos a transformar-nos num país que tem esqueletos no armário.
Isto tem que ter um significado qualquer mas não consigo perceber qual.
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1 comentário:

Utópico disse...

O significado disto é que vivemos cada vez mais numa sociedade egocêntrica e egoista que apenas se preocupa com o seu próprio úmbigo. Cada vez mais deixa de existir a solariedade entre as pessoas e apenas se pensa no dia-a-dia, no stress de uma vida cada vez mais agitada.

Cada vez mais se assiste à hiprocrisia e á vontade de protagonismo. Senão veja-se as declarações do bastonário da ordem dos TOCs que veio para a televisão afirmar que as finanças tiveram falta de sensisbilidade humana. Mas o que é que o BOTOC (Bastonário da Ordem dos TOCs) tem a ver com este assunto para vir falar para a televisão? Falta de sensibilidade das Finanças?? Se houve falta de sensibilidade não foi das Finanças, mas sim da PSP, da GNR, do Ministério Público, da família que nada quis saber.

Falta de sensibilidade é de quem deixa os idosos sozinhos a viver na mais profunda das solidões.

Estes casos deveriam servir para olharmos para nós próprios, parármos e reflectirmos o que está mal e o que podemos e devemos melhorar.

Velhos são os ... TRAPOS.