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Este 25 de Abril à moda do Cairo não pode deixar de emocionar os portugueses de sessenta anos ou mais, apesar de todas as dúvidas que permanecem acerca da natureza do novo poder no Egipto pós-Mubarak.
Mas a mim o que mais me tocou foi a força serena do povo quando decidiu rejeitar o regime vigente.
No nosso 25 de Abril foram os militares revoltosos que partiram a espinha ao regime fascista; só depois o povo veio para a rua confirmar e festejar a libertação.
Já no Egipto foi o povo a tomar a iniciativa e foi o povo, com a sua persistência e determinação, que moldou a orientação do aparelho militar.
Este facto faz da revolução egípcia uma experiência importantíssima que demonstra a viabilidade e a eficácia de desobediência civil quando se torna massiva.
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3 comentários:
Tenho algumas preocupações em torno da forma em como se tornou massiva...
Subscrevo o seu ponto de vista. O problema agora está no que virá a seguir.
Abraço
Parece que por cá o problema também acabou por ser o que veio a seguir!
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