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Nos últimos anos tenho frequentado uma consulta num hospital público do SNS.
Ontem mesmo, dirigi-me ao local às 15:30 apesar de a minha consulta estar marcada para as 16:00.
A sala que se pode ver na fotografia anterior, feita pouco antes de eu ser atendido, estava então a abarrotar de gente.
Para ninguém poder dizer que não sabe ao que vem as paredes ostentam garbosos cartazes que nos garantem que vamos ter que esperar. E eu esperei.
Passaram as quatro, depois passaram as cinco e depois passaram as seis horas, e nada.
Depois de ler vários jornais passei a concentrar-me, obsessivamente, nos visores "de plasma" espalhados pela sala e em que, como num sorteio vão aparecendo os números dos felizes contemplados com o início de uma consulta.
O que mais me afectava nem era a demora mas o facto de não conseguir perceber a lógica com que os números se sucediam no ecran.
No meio da sonolência comecei a ter ideias delirantes mas, quem sabe, com enorme futuro.
Por que não instalar um bingo neste local? Quem mais depressa preenchesse o cartão do bingo mais depressa seria atendido.
Teríamos mais transparência quanto à ordem dos atendimentos e adicionalmente proporcionaríamos a quem padece, enquanto espera pela consulta, um passatempo bem divertido.
Com uma certa habilidade até podíamos transformar as máquinas "cospe senhas" em slot machines.
Em suma, se no dizer de Mário Soares temos uma economia de casino por que não termos hospitais-casino?
Aqui fica a ideia, pela qual não cobro absolutamente nada.
Este caso mostra que muito trabalho criativo poderia ser feito, com sucesso, se os nossos jovens empresários e quadros superiores frequentassem mais as salas de espera do SNS.
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Nos últimos anos tenho frequentado uma consulta num hospital público do SNS.
Ontem mesmo, dirigi-me ao local às 15:30 apesar de a minha consulta estar marcada para as 16:00.
A sala que se pode ver na fotografia anterior, feita pouco antes de eu ser atendido, estava então a abarrotar de gente.
Para ninguém poder dizer que não sabe ao que vem as paredes ostentam garbosos cartazes que nos garantem que vamos ter que esperar. E eu esperei.
Passaram as quatro, depois passaram as cinco e depois passaram as seis horas, e nada.
Depois de ler vários jornais passei a concentrar-me, obsessivamente, nos visores "de plasma" espalhados pela sala e em que, como num sorteio vão aparecendo os números dos felizes contemplados com o início de uma consulta.
O que mais me afectava nem era a demora mas o facto de não conseguir perceber a lógica com que os números se sucediam no ecran.
No meio da sonolência comecei a ter ideias delirantes mas, quem sabe, com enorme futuro.
Por que não instalar um bingo neste local? Quem mais depressa preenchesse o cartão do bingo mais depressa seria atendido.
Teríamos mais transparência quanto à ordem dos atendimentos e adicionalmente proporcionaríamos a quem padece, enquanto espera pela consulta, um passatempo bem divertido.
Com uma certa habilidade até podíamos transformar as máquinas "cospe senhas" em slot machines.
Em suma, se no dizer de Mário Soares temos uma economia de casino por que não termos hospitais-casino?
Aqui fica a ideia, pela qual não cobro absolutamente nada.
Este caso mostra que muito trabalho criativo poderia ser feito, com sucesso, se os nossos jovens empresários e quadros superiores frequentassem mais as salas de espera do SNS.
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8 comentários:
Grande sentido de humor.
Parabéns.
Quero acreditar que se trate mesmo de sentido de humor e que não tenha aguardado 2 horas numa sala de espera vazia, ou melhor, cheia de ar.
Confesso que não consigo imaginar que se passe 2 horas á espera numa sala de espera vazia, pois comigo ao fim de 30 min depois da hora da consulta de certeza que perguntaria ao belo do(a) funcionário(a) se precisaria se o médico precisava de uns patins para andar mais depressa, ou alternativamente quais os ingredientes que ele quereria para a pizza que iria encomendar enquanto esperava pela consulta.
E ainda há quem se queixe que os hospitais do SNS andam a abarrotar pelas costuras.
Caro Utópico
quando eu lá cheguei a sala estava a abarrotar.
Depois foi-se esvaziando e, ao fim de três horas, quando eu fui atendido, já estava só meia dúzia de pessoas.
Ok, dessa forma reconheço o que disse o Anónimo: "Grande sentido de humor."
Quanto ao tempo de espera este é um mal necessário, mas as experiências que tive no SNS não me dão razões de queixa (excepto o tempo de espera) ao contrário de outras que já tive em hospitais particulares.
Acho pessoalmente que é preciso ter sorte nas equipas/médicos que nos atendem, sendo que existe no SNS muitos bons profissionais.
Por coincidência também fui ontem a uma consulta do SNS, tão diferente da que te aconteceu que comecei a aqui a escrever um comentário que acabou por virar post:
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE(Começo a considerar a hipótese de haver por aí uma qualquer justiça cósmica)
Brissos,
eu tenho tido muito boas experiências no SNS.
O post descreve uma situação que me aconteceu, mas não pretende fazer teoria nem extrair conclusões com carácter geral.
Até admito que tenha sido um caso anormal.
Acho que o que me aconteceu a mim será porventura mais anormal, embora nesta questão do atendimento, as coisas tenham melhorado muito nos últimos anos.
meus caros,
julgo ser ainda mais triste e dramático, chegar a uma urgência do hospital e ter uma AUXILIAR, na triagem, virada para nós a dizer-nos que "as amarelas são 3 horas, as azuis são 5h" (eu cá para mim, qué? será que está a falar comigo?).
"desculpe, a srª está a falar comigo?" perguntei eu, ao que ela respondeu "sim, as pulseiras amarelas têm tempo de espera de 3h e as azuis de 5h"...
é o que eu penso já há muito tempo, uma pessoa que vá ás urgências do hospital, mesmo que em falso alarme, seguramente, fica doente, nem que seja por desidratação ou por massacre.
lembro, nas URGÊNCIAS
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