As semelhanças entre a política e o futebol vêm sendo notadas por qualquer pessoa atenta. Na política, como no futebol, os penaltis são sempre contra o adversário e tal como no futebol as pessoas não sabem muito bem por que são do partido A ou B.
Na política, como no futebol, os dirigentes e jogadores despertam paixões que não esmorecem mesmo quando se confirma que eles são crápulas.
Recentemente deu-se um novo desenvolvimento. A justiça passou a desculpar as más exibições, tal como os árbitros. No fim do jogo, ou da sessão do tribunal, já é possível atirar com as culpas para o juiz. Nas bancadas chama-se filho da puta quer ao árbitro quer ao juiz (no caso das ofensas aos árbitros há, apesar de tudo, quem seja castigado).
Assim se fecha o círculo e deve estar para breve o caso "Martelo Doirado". Tal como o "Apito", o "Martelo" não terá quaisquer consequências.
Nesta conformidade mais valia substituir as eleições por um campeonato, trocar os votos pelos jogos da bola de uma "Liga Partidária". Pode-se desde já imaginar a emoção do derby "PS-PSD", apitado pelo PGR, num estádio perto de si.
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