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Todos vivemos integrados em grupos diferentes. As crianças convivem com crianças, os adolescentes com outros adolescentes e assim sucessivamente, em todas as faixas etárias. Em muitas festas de conhecidos meus, os filhos ? mesmo que não fossem muito jovens ? não estavam presentes, tinham saído. Já para não falar dos grupos políticos e dos grupos étnicos. A sociedade é feita de barreiras, de silêncios, de indiferenças, de preconceitos.
Todos nós assimilamos os preconceitos do nosso grupo social, político e cultural: falamos apenas entre nós, lemos os nossos jornais e vemos os espectáculos televisivos que nos agradam. Quando nos deparamos com alguém que é odiado pelo grupo, a antipatia é imediata. O mesmo acontece com os livros e com os filmes, que nem sequer são investigados, mas logo descartados. Nem sempre lemos bons livros nem vemos excelentes filmes: seguimos cegamente as indicações do nosso grupo.
Mesmo assim, acontece conseguirmos libertar-nos desta escravidão do preconceito e, por instantes, abre-se-nos a mente e temos coragem para falar com esta pessoa, ler aquele livro e ver o filme que rejeitámos. E acabamos por constatar, estupefactos, que encontrámos algo de belo, interessante e divertido. Abre-se-nos uma perspectiva nunca antes imaginada. Só quem tem uma mente aberta sabe julgar de forma objectiva.
Francesco Alberoni, IONLINE, 06.10.2009
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O TEMA DA MINHA PEÇA JÁ CONTA COM UM ALERTA
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ATÉ PARECE QUE ESTE VÍDEO
FOI CONSTRUÍDO
PARA DEIXAR A MENSAGEM FINAL
À MINHA OBRA TEATRAL
*Ora vejam... aonde foram parar a família, a escola, os amigo...
Há 1 hora
3 comentários:
Uma boa maneira de ilustrar o que foi dito é ler (preferivelmente no original) qualquer dos livros do Barack Obama.
Não querendo parecer presunçosa, eu tento que a minha forma de estar na vida não seja tão redutora.
gostei. afinal de contas a questão é começar pelo núcleo familiar. estava aqui a pensar. não passa só pelos aniversários casamentos, baptizados. mas tenho tido o hábito, e desde há muito que me lembro que é assim com a nossa família. convivemos entre netos e avós, pais filhos, primos e tios muitos. e foi um legado que passei aos meus filhos. e onde felizmente já incluí o meu neto que chegou há quinze meses e já participa. e vai ser assim sempre. comunhão intergeracional e multicultural convenhamos. não estou a falar de tom de pele, isso já se deixou para trás porque somos todos bem coloridos, mas de culturas diferentes. a dar e receber bem, entre moambas e cozidos à portuguesa passando pelo chacuti e a pasta... kizombas e corridinhos, valsas,tangos e marrabentas. tão simples que subrescrevo Alberoni hoje e sempre.
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