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A República é um belo ideal que se vai afastando da sua pureza e da sua origem.
Minada por todo o tipo de poderes fácticos, manjedoura de castas, tem visto o povo alhear-se e afastar-se perigosamente.
Quando a democracia se converte numa destruição mútua do carácter dos adversários, e o civismo se transforma em fanatismo, não se sabe em que basear uma nova esperança.
A decadência económica no palco global, que arrastará a prazo o agravamento das condições sociais, potenciará ainda mais os perigos para a sobrevivência deste regime.
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Em defesa dos chulos
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*No Tribunal Constitu*
*cional*parece haver seis juízes
cavernícolas
*«O Tribunal Constitucional recusou legalizar o proxenetismo, mas os juízes
do Paláci...
Há 32 minutos
2 comentários:
Uma mensagem sentimental que pouco ou nada ajuda à reflexão. A "pureza" da República talvez tivesse existido em forma escrita, nunca ninguém a viu sob outra forma qualquer; e ainda bem, porque isso é sinal que a República trazia no ventre as contradições da época em que nasceu. De 1928 a 1974, a República esteve entre parentesis, e só existiu na medida em que o regime constitucional não podia ser considerado monárquico.
Todos os outros sintomas expostos no texto também são amiúde utilizados para caracterizar os perigos que cheiram a democracia. Não é que eles não sejam reais (bem pelo contrário); o que há a fazer não é erguer um muro de lamentações, mas injectar muito realismo e alguma criatividade na aproximação aos problemas.
Sendo que o excesso de criatividade pode dar cabo de qualquer "belo ideal".
Caro anónimo,
sentimental seria pedir aos que colonizam a República que auto-refreassem as suas ambições de poder.
Isso nunca é possível, como se viu com a 1ª República e com o salazarismo.
Limito-me a tentar perceber os sintomas da degenerescência e os mecanismos que levarão ao colapso.
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