quarta-feira, fevereiro 27, 2008

O meu leitor insuspeitado



Belmiro de Azevedo criticou hoje os bancos, "que, para garantirem lucros, aumentam os preços prejudicando o cliente, que é o mesmo que o Estado faz quando não tem dinheiro quando aumenta os impostos".
"É preocupante a atitude dos bancos: se os custos sobem os lucros têm que subir, é um raciocínio perigoso, estatal", sublinhou o responsável à margem do primeiro encontro da PME Inovação, organizado pela Cotec.

Nota-se que Belmiro foi influenciado pelo que escrevi AQUI e AQUI.

Belmiro é um verdadeiro neo-liberal e por isso não lhe dão muitas abébias em Portugal. Ao contrário do que pensa a maior parte dos comentadores o que vigora no nosso país é uma espécie de economia de casta, um capitalismo feudal, e não o liberalismo económico.

A realidade tem a mania de estragar as análises mais na moda.

2 comentários:

Anónimo disse...

A direcção da União de Bancos Suíços (UBS), o maior banco helvético e o maior banco mundial em gestão de fortunas, defronta-se hoje, na cidade de Basileia, com os seus accionistas, revoltados com a mais grave crise financeira já registada entre a banca nacional.
Prevê-se a participação de dez mil accionistas na que será a mais agitada assembleia geral extraordinária de um banco, pois a UBS está envolvida numa tempestade só comparável à vivida pela Swissair antes do seu último suspiro.
O turbilhão provocado pela ganância do banco - que visava obter rendimentos de 20 por cento em investimento de alto risco no mercado imobiliário norte-americano - já provocou perdas e depreciações de activos calculadas em 25,4 mil milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros). Mas o total perdido nesse buraco negro poderá ser ainda maior.

Anónimo disse...

Os banqueiros suíços vivem o seu pior momento. A crise de confiança agravou-se quando o Credit Suisse, segundo maior banco do país, confessou ter também perdido cerca de três mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros) por culpa de operadores, entretanto suspensos.
Quase no mesmo dia, estourava o escândalo do desvio de dinheiro alemão para o conhecido paraíso fiscal do Liechtenstein. Irritado com o volume da evasão, o ministro alemão das Finanças, Peer Steinbrueck, declarou guerra aos países que facilitam a evasão fiscal, nisso incluindo a Suíça. Uma das filiais da UBS, em Munique, chegou a ser visitada pelos agentes do fisco alemão.