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Hoje assisti na Gulbenkian a um concerto excelente pelo Balthasar Neumann Choir and Ensemble, dirigido pelo Thomas Hengelbrock. Não só tocaram obras que muito estimo (Missa Dei Filii de Zelenka e Magnificat de Bach) como o fizeram de forma irrepreensível.
A junção de Zelenka e Bach no mesmo concerto é uma bela ideia se considerarmos os dados biográficos dos dois compositores. No princípio do século XVIII eles cruzam-se na corte de Augusto o Forte. Augusto acumulava as funções de Eleitor da Saxónia e Rei da Polónia e, por isso, decidiu fazer coexistir na sua corte as duas religiões, católica e luterana.
Jan Dismas Zelenka e Bach encontravam-se, em termos musicais, em barricadas religiosas distintas.
Há muito que aprecio Zelenka pela frescura e surpresa da sua música. Nós conhecemos demasiado bem os cânones de Bach, Vivaldi ou Handel ao ponto de podermos adivinhar o caminho que a música vai seguir mesmo quando nunca antes ouvimos a obra em causa.
Zelenka, um compositor cuja linguagem não tem paralelo que eu conheça, faz-nos tremer na sua imprevisibilidade de "cânone" que se manteve demasiado tempo na penumbra.
Veja mais sobre Zelenka- AQUI
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Hoje assisti na Gulbenkian a um concerto excelente pelo Balthasar Neumann Choir and Ensemble, dirigido pelo Thomas Hengelbrock. Não só tocaram obras que muito estimo (Missa Dei Filii de Zelenka e Magnificat de Bach) como o fizeram de forma irrepreensível.
A junção de Zelenka e Bach no mesmo concerto é uma bela ideia se considerarmos os dados biográficos dos dois compositores. No princípio do século XVIII eles cruzam-se na corte de Augusto o Forte. Augusto acumulava as funções de Eleitor da Saxónia e Rei da Polónia e, por isso, decidiu fazer coexistir na sua corte as duas religiões, católica e luterana.
Jan Dismas Zelenka e Bach encontravam-se, em termos musicais, em barricadas religiosas distintas.
Há muito que aprecio Zelenka pela frescura e surpresa da sua música. Nós conhecemos demasiado bem os cânones de Bach, Vivaldi ou Handel ao ponto de podermos adivinhar o caminho que a música vai seguir mesmo quando nunca antes ouvimos a obra em causa.
Zelenka, um compositor cuja linguagem não tem paralelo que eu conheça, faz-nos tremer na sua imprevisibilidade de "cânone" que se manteve demasiado tempo na penumbra.
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