quarta-feira, dezembro 08, 2010

A crise fica aonde?



Em apenas sete dias, foram levantados 598 milhões de euros da rede multibanco e gastos outros 673 milhões nos terminais de pagamento automáticos nas lojas.

Dados divulgados hoje pela SIBS revelam que, entre 29 de Novembro e 5 de Dezembro, houve nove milhões de levantamentos, num valor total de 598 milhões de euros, mais cinco milhões do que no mesmo período do ano passado.
O valor médio levantado também subiu, passando de 69 para 70 euros.
No mesmo período, foram efectuadas 16 milhões de compras nos terminais de pagamento automático, alcançando um valor global de 673 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 30 milhões de euros face a igual período de 2009.
Público 98.12.2010

Afinal essa coisa da crise fica aonde?

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9 comentários:

Unknown disse...

Oh Penim, a crise fica, designadamente, nos quatro milhões de pobres que habitam no meio de nós.

Abraço

João Pedro

Portela

F. Penim Redondo disse...

O que me espanta é o pessoal estar a gastar mais do que em 2009, só isso.

Sérgio Redondo disse...

João, na verdade há quase 10 milhões de pobres em Portugal, e é exactamente por isso que as crises, esta e as dez anteriores, praticamente não se notam, e sistematicamente as "stats" de consumo desmentem os alarmismos mediáticos e as suas crises noticiosas.

Alexandre Bernardo disse...

boas

desculpem intrometer-me na conversa, mas na realidade números nunca deixaram de ser números, principalmente, quando apenas representam um resultado (montante) que, embora seja concreto, na realidade é abstrato.
que ninguém me venha dizer que os portugueses estão com maior poder de compra.
a não ser que o poder de compra e os valores em causa, e respondendo à "provocação", represente um grupo cada vez mais restrito de portugueses. sim esses...
a propósito publiquei esta música http://www.youtube.com/watch?v=5uPdO3VI7GE&feature=player_embedded na minha página do facebook, como forma de, também, reflexão para a época que se avizinha.

sp a considerar
abraço

Utópico disse...

Os números podem por um lado ser falaciosos, pois o aumento do consumo de quem ter capacidade financeira suficiente pode compensar a diminuição dos mais desfavorecidos.

No entanto por outro lado existe muito boa gente que se habitou a um estilo de vida superior àquele a que pode suportar (motivado muitas vezes pelo recurso ao crédito) que muito provavelmente só para o ano se vai aperceber do efeito da crise, o que poderá em muitos casos poderá ser tarde demais.

O grande problema está no entanto naqueles que dia após dia tentam sobreviver, o que se vai tornando cada vez mais difícil.

J Eduardo Brissos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
J Eduardo Brissos disse...

O acréscimo de milhões 5 é menos de 1% em relação a 2009, ano de crise.

E a inflação entre Nov de 2009 e 2010 não é superior a 1%?

A crise fica no haver cada vez mais pessoal a ganhar menos (e menos gastar) e uma data deles a ganhar mais (veja-se o crescimento do lucro dos bancos de 2009 para 2010), e esbanjar mais (veja-se as vendas de carros de luxo).

Cappice?

F. Penim Redondo disse...

Não me parece que seja a alta burguesia quem enche os centros comerciais numa azáfama massificada.

J Eduardo Brissos disse...

Claro que não, esses não vão à Pizza Hut ou ao McDonald's do Vasco da Gama, mas ao Tavares e ao Gambrinus, mas pagam todos com o plástico da SIBS. E em média gastam 70 euros, a versão pós-moderna da história do meio frango.

Quanto às enchentes dos centros comerciais, se cada vez há menos comércio tradicional onde é que o pessoal iria comprar as meias e o cachecol para oferecer no Natal ao/à cara metade?