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A China avança e antes da cimeira de Londres foi a única participante que articulou a sua posição. Não com bravatas em bicos de pés, ao estilo do francês Nicolas Sarkozy, mas de forma coerente. Dez dias antes da cimeira, o governador do Banco do Povo da China, Zhou Xiaochuan, publicou no respectivo site uma análise da situação em cinco páginas densas, e apontou para a necessidade de uma nova unidade de pagamento a nível mundial. Obviamente, a proposta não era para aprovar já, nem ninguém espera que o fim do reino do dólar seja tão amistoso como a transição da libra para a nota verde, "à volta de um brandy em Bretton Woods".
Zhou Xiaochuan esteve na cimeira do G20 ao lado de Wen Jiabao e, quase sem se fazerem ouvir, são capazes de ter sido os vencedores. Um dos analistas internacionais que apontou a China como ‘vencedora’ sublinhou que "os chineses tiveram um papel efectivo de arbitragem em todas as matérias sensíveis".
Arbitrar é, aliás, o que mais agrada a Zhou Xiaochuan. Conhecido como ‘o esfolador’ pela maneira como, na viragem do século, atacou a corrupção que gangrenava a economia chinesa, ele tem como máxima deixar o mercado funcionar, embora não confie em qualquer ‘mão invisível’. "Se o mercado pode resolver um problema – diz – deixemos o mercado fazê-lo. Eu sou apenas um árbitro. E não sou nem um jogador nem um treinador".
No seu papel de ‘tio Patinhas’, à frente de um banco central que tem 2000 biliões de dólares nas reservas, ele é o último a desejar a queda da moeda americana, mas vai preparando a transição com acordos bilaterais em yuans. O ensaio está a ser feito com a Argentina e a Indonésia e tem em vista a tal futura moeda mundial que ele vê como uma espécie do ‘bancor’ idealizado por Keynes.
Correio da Manhã, 04.04.2009
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O Governo com o maior número de Calimeros da história da democracia
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Alguém devia dizer a Luís Montenegro, por exemplo Marcelo II, O Velhaco, e
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Há 17 minutos
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