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O DN de ontem, Sábado 18, inseria um texto de Manuel Maria Carrilho que desenvolve uma linha de raciocínio muito próxima das coisas que eu venho dizendo e escrevendo há já alguns anos (por exemplo em Do Capitalismo para o Digitalismo, Campo das Letras 2003) .
Vejamos como Carrilho analisa as eleições em Itália:
"Veltroni e o novo Partido Democrático assumiram bem o balanço crítico das experiências passadas. Mas faltou-lhes o que por toda a parte falta à esquerda, uma crítica do capitalismo actual que inspire novas propostas. Sem essa crítica, é a própria esquerda que se dissolve num reformismo cada vez mais incaracterístico."
Eu tinha recentemente escrito um comentário no "Entre as brumas da memória" nos seguintes termos:
"Voltando a Itália, onde já vivi alguns meses, penso que estão a seguir um caminho que viria a ser o nosso caso não tivessemos o Partido Socialista.
A Esquerda, lá como cá, contesta o sistema em teoria mas acaba a pedinchar umas migalhas para minimizar as situações mais aflitivas.Toda a gente percebe que não tem nenhuma ideia para superar as contradições sociais de forma consistente.
Quando as coisas apertam como estão a apertar, no plano económico e social, as pessoas ficam obcecadas com a segurança do seu modo de vida e deixam de achar piada a coisas como o casamento de homossexuais e outras "causas" em que a esquerda normalmente se refugia.
Penso que na votação em Itália esta questão terá tido o seu peso.
Em Portugal temos uma situação híbrida com o PS no centro a manobrar ambas as vertentes, fazendo no plano estritamente económico políticas "mainstream"."
Duvido que Carrilho conheça aquilo que escrevi mas isso não me impede de saudar a companhia de tão notável colega.
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"Uma escuta aqui, uma escuta ali"
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[image: Thomas Michael Alleman.jpg]
"O Processo Marquês nunca foi um processo judicial, mas uma armação
política. A sua razão de ser nada teve a...
Há 25 minutos
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