terça-feira, outubro 16, 2012

PORTUGAL como a DYSNEYLANDIA ?




"A austeridade é necessária, mesmo que toda a dívida desaparecesse por magia, as finanças não estariam bem. No próximo ano, depois do maior aumento de impostos de sempre, será a primeira vez em democracia em que as despesas do Estado (excluindo juros) serão menores que as receitas."
Pedro Santos Guerreiro no Jornal de Negócios


Ao contrário do que muita gente pensa, os sacrifícios que temos feito não se destinaram a pagar a dívida mas, "apenas", a tentar tornar as despesas do Estado inferior ás receitas. Deixemos pois a questão futurista do pagamento da dívida, e da probabilidade de ela algum dia vir a ser paga, e concentre-mo-nos nos comezinhos problemas actuais.

É muito fácil repetir, de mil maneiras, o discurso da penosidade da crise e dos malefícios da austeridade. Constatar que a austeridade leva à contracção da economia. No entanto, mesmo sem pagar a dívida, ela parece ser inevitável a não ser que nos queiramos tornar uma espécie de Disneylandia (cheia de patetas?).

Quando se propõe o alongamento do período dedicado ao processo de convergência entre o que o Estado gasta e o que o Estado recebe, na realidade o que se está a pedir aos credores não é um adiamento do pagamento da dívida. O que se está a pedir é que continuem a mandar dinheiro para mantermos um crescimento do PIB ilusório, feito por empresas artificiais que proporcionam empregos fictícios.

Será justo o Estado endividar-se, todos nós endividar-nos, para mater em funcionamento empresas que só existem porque circula dinheiro que não tem nada a ver com a nossa produção. Se o dinheiro vindo de fora derivasse de investimentos, ou de exportações ou do turismo, tudo bem, era fantástico. Mas ter a ilusão de que a sociedade funciona, com base em dinheiro emprestado, que custa cada vez mais caro, é a fórmula que nos trouxe até aqui.

As energias gastas na contestação da austeridade eram bem empregues na criação de novas formas de produzir e de novas relações de produção, essas sim alternativas.
Para regressar ao passado, como diz o anúncio da TV, basta a box da ZON (passe a publicidade).

3 comentários:

Anónimo disse...

As contradições do capitalismo incapaz de resolver os problemas da humanidade já que personifica na actualidade os cavaleiros do apocalipse vens tu, Fernando, parece, absolver um sistema caduco que funda a sua sobrevivência na crueldade, na desumanidade, na guerra, etc, etc, etc.
Ao contrário, mantém-se moderno, para os explorados e oprimidos de todo o Mundo o grito de há 164 anos de Proletários de Todos oa Países Uni-vos ! A sua libertação é a libertação de toda a humanidade. E, para terminar: Todo o poder...
JPedro

Anónimo disse...

As contradições do capitalismo incapaz de resolver os problemas da humanidade já que personifica na actualidade os cavaleiros do apocalipse vens tu, Fernando, parece, absolver um sistema caduco que funda a sua sobrevivência na crueldade, na desumanidade, na guerra, etc, etc, etc.
Ao contrário, mantém-se moderno, para os explorados e oprimidos de todo o Mundo o grito de há 164 anos de Proletários de Todos oa Países Uni-vos ! A sua libertação é a libertação de toda a humanidade. E, para terminar: Todo o poder...
JPedro

Anónimo disse...

Um pateta a explicar o funcionamento da economia pela lógica dum merceeiro.