O problema fulcral depois de 5 de Junho é: que governo vamos ter? Esta é a preocupação principal de quem tenta determinar o seu sentido de voto.
Parece um problema complexo mas, se pensarmos friamente, não é tanto assim.
Vejamos.
O PSD e o CDS recusam formar governo com o PS por considerar que quem criou o problema (da bancarrota) não pode ser parte da solução.
O PS diz que aceitaria formar governo com qualquer partido mas as suas apreciações sobre os programas e, principalmente, as intenções do PSD e CDS demonstram que as considera um atentado terrorista ao estado social. Assim sendo, conclui-se que seria contranatura, e inviável, qualquer aliança entre os que querem destruir e os que querem salvar o estado social.
Partindo do pressuposto de que o vencedor será um dos dois maiores partidos, PS ou PSD, o governo saído das eleições só pode ser ou uma coligação de direita ou uma coligação de esquerda.
Se o PSD vencer e, com ou sem o CDS, conseguir uma maioria teremos uma solução de direita baseada no programa eleitoral do PSD com alguns ajustes introduzidos pelo CDS.
Se vencer o PS sem maioria absoluta, como tudo leva a crer, só há uma possibilidade: o PS tem que encontrar maneira de criar com os partidos à sua esquerda a maioria parlamentar necessária para governar.
É neste quadro, que me parece claro, que os eleitores terão que fazer as suas escolhas.
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8 comentários:
Portanto.... votamos PSD por um mal menor ou estamos feitos
Compete a cada português avaliar qual é o mal menor.
Não meparece evidente que o PS ganhe as eleições, não obstante a "boa" imprensa o bom senso há-de prevalecer já quanto ás percentagens- de notar que o CDS nunca disse até hoje expressamente que não fazia aliança com o o PS e está a fazer nesse aspecto uma campnha mt dúbia,concrdo com o que disse hoje o Marcelo acerca disso na tv.
O PS fazer alianças com a esquerda? Larga o vinho, pá.
tu dizes
PS tem que encontrar maneira de criar com os partidos à sua esquerda a maioria parlamentar necessária para governar.
eu concordo e digo que deve fazer o que não fez anteriormente
encontrar pontos comuns com o Bloco e com o PCP, talvez se
colectasse as acções em bolsa, são 50 M de euros
alterasse as PPPs cóio de emprego aos amigos
se comprometesse a não congelar as reformas mínimas
talvez fosse um princípio de entendimento
Não podem é fazer papel de vítima se apenas quiserem maioria e grilos falantes, para apoiar a política de direita
um abraço
Luís,
Resumindo, que deixasse de ser o PS.
Ps coligar-se com a esquerda?
Só se for em sonho! ou talvez nem isso! Doi, não é? Mas é assim, nada a fazer! As eleições só servem para disputar os votos de 25% dos votantes!
Eduardo Brissos
Então tem outra opção, é alterar o nome deixar de se chamar socialista e de esquerda e passar a considerar-se no mínimo de centro-direita.
Os partidos não devem servir-se de rótulo de siglas falsas, devem sustentar políticas adequadas à sua ideologia
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