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Muitos avós vão buscar os putos à escola. Tomam conta deles algumas horas, ou mesmo o dia inteiro, quando estão doentes e não podem ir à escola.
Ajudam, de uma forma ou de outra, a pagar a casa, os colégios e a natação ou as aulas de música. Estão sempre lá quando surge o desemprego, o divórcio ou a doença.
A precariedade dos mais novos só ainda é suportável porque os mais velhos acumularam toda a vida em vez de gastar. Mesmo agora os mais velhos têm uma vida mais frugal do que os seus rendimento permitiriam porque pressentem a vulnerabilidade dos seus no futuro. Para além do ataque das mazelas da idade ainda têm que sofrer com a insegurança dos filhos e netos.
Em suma, a guerra de gerações faz pouco sentido. Atacar os rendimentos dos mais velhos pode ter efeitos catastróficos.
Estou certo de que muitas famílias, no seu conjunto, verão o seu estatuto económico cair acentuadamente quando o patriarca morrer e deixaram de poder contar com a sua confortável reforma.
Portanto a “geração que desenrasca”, para além de tudo o mais tem que cuidar bem da saúde, praticar exercício e alimentar-se correctamente. Dada a precariedade da “geração à rasca” a “geração que desenrasca” não se pode dar ao luxo de morrer cedo.
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3 comentários:
Bem dito, Fernando.
Saudações
João Pedro
Ora assim mesmo é que é falar! eheheh...
Mas não abuses, ok?
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