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Regressei de Berlim onde fiquei acomodado num colorido e modesto hotel (embora ainda não conhecesse as recomendações de Cavaco), perto de Alexander Platz, ainda com um cheirinho muito forte a RDA.
Venho convencido de que a prosperidade alemã se deve à frugalidade com que se vive naquele país.
Regressei, por saudosismo, à estação de metro de Friedrichtrasse onde em 1986 fui atentamente fiscalizado para poder passar de Berlim Ocidental para Berlim Leste.
Como se pode ver pelas imagens esta estação (e muitas outras por onde passei) não tem nada a ver com o "desparrame estético" do nosso Metro.
As estações de caminho de ferro em que estive também eram bastante sóbrias.
A sobriedade, ou a frugalidade, são o que me ocorre para descrever os trajes e comportamentos no espaço público.
Entretanto, e a propósito, li no jornal que a senhora Merkel vai travar uma série de "grandes obras" e fazer baixar a despesa do estado por forma a atingir em 2016 um défice da ordem dos 0,35% !!!
A taxa de poupança dos alemães é de 15%.
Para nós, que somos mais "lúdicos" tudo isto parece irreal.
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4 comentários:
Conheco a estacao e o colorido do hotel... e sei que, quanto menos o Estado gastar e meos receber, maior e a fatia das mais valias (lucros, rendimentos e juros). Observacao esta, factual.
Atenção que os alemães não são só poupados, também fazem cortes na área social, como se pode ver:
“… Os cortes orçamentais incidirão sobre o rendimento mínimo garantido e sobre os subsídios aos pais que ficam em casa a cuidar de crianças logo após a maternidade, por exemplo.
Haverá também uma taxa adicional para os trabalhadores sobre os descontos para as caixas de previdência públicas” …
E, segundo notícia da TV, preparam-se para baixar os salários da função pública.
No fundo, aprenderam todos pela mesma cartilha.
Oops, esqueci o link.
Aqui vai:
http://dn.sapo.pt/inicio/economia/Interior.aspx?content_id=1587538
Vitor,
Os cidadãos alemães têm uma taxa de poupança que é o dobro da nossa e têm uma das principais economias exportadoras do mundo.
Por isso eu chamo a atenção para a sobriedade do seu dia a dia e para o facto de estarem a tomar ainda mais medidas de austeridade.
Segundo li eles fizeram uma lei que proibe o governo de se endividar mais do que 0,35% do PIB em cada ano. Entra em vigor em 2016.
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