Há dias o DN dizia que, há 17 meses, um jornalista disse que um assessor lhe dissera que o presidente havia dito que temia que escutassem o que eventualmente dissesse.
Este episódio remoto, um pouco ridículo, foi transformado no centro da campanha eleitoral e passou a dominar todos os noticiários e debates, o que é notável como manobra política.
Se por um lado revela uma hipotética manobra canhestra da parte de Cavaco por outro expõe a potentíssima máquina mediática do PS que conseguiu de uma penada, a partir de material clandestino e irrisório, substituir na campanha o julgamento do governo de Sócrates por um ataque ao PSD e ao Presidente da República.
A organização que esta operação pressupõe é de alto calibre e não funciona certamente na base da improvisação e da carolice. Se a isto juntarmos o caso da Manuela Moura Guedes, e não só, talvez a "asfixia democrática" invocada pela "outra senhora", ou pelo menos a asfixia do PSD, comece a fazer algum sentido.
Eu disse recentemente que uma coligação de direita não tem condições sociais para governar Portugal. Os factos recentes deram-me razão e mostram que um governo desse tipo seria trucidado pela máquina mediática do PS em três tempos, como sucedeu com Santana em 2005. De qualquer forma, como é óbvio, essa nunca seria a minha opção de voto.
Mas o PS, cujas tentativas reformistas têm muitos aspectos que eu aprecio, assusta-me enquanto cidadão. A sua capacidade para manipular a informação ultrapassa o razoável e causa-me uma certa repulsa.
A guerra com Cavaco, que só foi empolada para salvar in extremis estas legislativas, faz-nos a todos correr graves riscos de turbulência no momento de formar o novo governo. Neste tempo de enormes dificuldades e desafios estamos perante o espectro da ingovernabilidade já que estão a antecipar dois anos a luta pela Presidência.
À esquerda do PS o panorama é desolador. Não há uma ideia consistente de futuro e, à falta de uma proposta verdadeira alternativa, começam a proliferar os saudosismos e os radicalismos imbecis.
Numa bebedeira emocional preparam-se para reeditar os mesmos erros com que, em 1975, arruinaram o verdadeiro PREC.
Perante isto declaro-me impotente, tal como a generalidade dos cidadãos.
Este episódio remoto, um pouco ridículo, foi transformado no centro da campanha eleitoral e passou a dominar todos os noticiários e debates, o que é notável como manobra política.
Se por um lado revela uma hipotética manobra canhestra da parte de Cavaco por outro expõe a potentíssima máquina mediática do PS que conseguiu de uma penada, a partir de material clandestino e irrisório, substituir na campanha o julgamento do governo de Sócrates por um ataque ao PSD e ao Presidente da República.
A organização que esta operação pressupõe é de alto calibre e não funciona certamente na base da improvisação e da carolice. Se a isto juntarmos o caso da Manuela Moura Guedes, e não só, talvez a "asfixia democrática" invocada pela "outra senhora", ou pelo menos a asfixia do PSD, comece a fazer algum sentido.
Eu disse recentemente que uma coligação de direita não tem condições sociais para governar Portugal. Os factos recentes deram-me razão e mostram que um governo desse tipo seria trucidado pela máquina mediática do PS em três tempos, como sucedeu com Santana em 2005. De qualquer forma, como é óbvio, essa nunca seria a minha opção de voto.
Mas o PS, cujas tentativas reformistas têm muitos aspectos que eu aprecio, assusta-me enquanto cidadão. A sua capacidade para manipular a informação ultrapassa o razoável e causa-me uma certa repulsa.
A guerra com Cavaco, que só foi empolada para salvar in extremis estas legislativas, faz-nos a todos correr graves riscos de turbulência no momento de formar o novo governo. Neste tempo de enormes dificuldades e desafios estamos perante o espectro da ingovernabilidade já que estão a antecipar dois anos a luta pela Presidência.
À esquerda do PS o panorama é desolador. Não há uma ideia consistente de futuro e, à falta de uma proposta verdadeira alternativa, começam a proliferar os saudosismos e os radicalismos imbecis.
Numa bebedeira emocional preparam-se para reeditar os mesmos erros com que, em 1975, arruinaram o verdadeiro PREC.
Perante isto declaro-me impotente, tal como a generalidade dos cidadãos.
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13 comentários:
Meu caro Fernando. Tomas um Cialis e isso passa-te.
OK Virgilio, vou mandar aviar
Queríamos agradecer do fundo do coração.
Pedimos ainda mais um favor, divulgue ao máximo esta sua posição e nunca diga para lerem os programas do BE ou do PC não vá alguém lembrasse de ir votar.
José Sócrates Pinto de Sousa
Manuela Ferreira Leite
Mas podes sempre votra branco ou nulo...
Eu pensava que toda esta tramoia tinha sido marosca do PR e seus acólitos, mas afinal depois de te ler, verifico que foi a máquina do PS que virou isto tudo do avesso e anda por aí a fazr gato sapato do PSD e do seu presidente privativo, donde concluo que ainda estou na idade da inocência as moscas passam-me à frente e nem as oiço. Publico isto como anónimo pois com o endereço gmail não aceita....Abraço FCouto
Caro Fernando,
Como sabes há cerca de um mês o Público fez uma abordagem das escutas com o pretexto das afirmações do PS de que haveria assessores de Cavaco a colaborar na preparação do programa do PSD.
A tese implícita era que o PS só podia fazer tal tipo de afirmações se estivesse a vigiar os tais assessores.
Portanto este episódio, que toda a gente devalorizou por ser ridículo, nada teve a ver com o email escrito 17 meses antes e cujas consequências parecem ter sido nulas.
A meia dúzia de dias das eleições transformar isto numa coisa essencial é claramente uma manobra.
Eu ainda me lembro muito bem dos tempos em que se chamava fascista a torto e a direito e se afastou muito boa gente do apoio à Revolução do 25 de Abril. Os resultados viram-se.
Parece que se está a cair no mesmo tipo de excessos e penso que os resultados também não vão ser bons.
Quando as coisas se radicalizam para além de um certo ponto acordam-se velhos fantasmas que a crise económica se encarregará de alimentar.
Penso por isso que os fins não justificam todos os meios e que estamos perante uma grande irresponsabilidade que põe em causa o próprio regime.
Eu fiquei literalmente lavado em lágrimas: como é possível que gente sincera como o Cavaco, a Manuela, o Aguiar Branco, o Pacheco Pereira seja asfixiada desta maneira trituradora?! Até o Professor Marcelo foi manipulado, quando defendeu que alguém na Presidência da República devia levar um "puxão de orelhas"!Com que direito é que se pode criticar o PR, que só quis resguardar o assessor ao demiti-lo?! É intolerável que venham agora pressionar o PR a "dar explicações", tudo gente cegada pela máquina de propaganda do PS. E a Manuela Moura Guedes, aquele exemplo vivo do valor e da prática da liberdade de expressão: além da liberdade que ela encarnava, ainda ficámos privados daqueles trejeitos em fabulosos grandes planos de cumplicidade comunicacional.
Tá tudo doido ...
"Por que não vou votar" ???
Estranho tinha sempre a alternativa de ajudar a eleger um deputado da CDU. Esses nunca falham na defesa dos interesses dos que trabalham, ou já trabalharam e estão reformados e desempregados e dos que irão entrar no mercado do trabalho.
Porque no domingo é isso que vamos fazer, ajudar a eleger deputados. E os da CDU são sem dúvida os melhores para a classe trabalhadora. Que é a grande maioria.
- Mister Dr. Redondo, logo pela manhãzinha:
-Espelho, espelho meu, haverá home mais capaz e inteligente que eu?
Responde o espelho:
Não meu mestre - pelo menos considerando o género e espaço....,...., mais não digo por pura segurança pessoal...
-Ora vez diz o Drº Redondo para a campanheira ...tas a ver aqui reside o porquê de eu Drº Redondo não ir votar...Já lá se viu um Doutor como eu onde nem uma mosca sem valor e capaz de me pousar na moleirinha ---etc & tal- Responde a Drª Rosa já irritada com o paleio do drº narciso redondo.
-Amor por acaso não ouvistes bem ou não interpretastes bem o que o douto espelho ditou?
-Ele disse género e espaço_ Ora no neste espaço estão dois géneros...etc & tal...
A novela continua continua
Com o Drº Redondo todo enfunado etc & tal a dar um raspanete ao espelho... pelo atrevimento de pôr em causa a imensa vaidade.Etc & tal.
FIm
Com novelas ou sem novelas no domingo, quem vota em Lisboa pode optar entre as listas encabeçadas por Jerónimo (CDU), Jaime Gama (PS), Manuela Ferreira Leite (PSD) e Louçã (BE). Ou pode ficar em casa, chateado que nem um perú.
Eu vou optar com toda a tranquilidade pelo Jerónimo.
Caros anónimos vários,
uma atitude como a minha é quase insuportável, eu sei, e é por isso que a tomo.
Agradeço os conselhos mas, tenham dó, sou um burro velho que já viu e participou em demasiadas palhaçadas.
Apetece-me não ter paciência para mais esta.
-Drº Redondo com saudades do 28 de Maio.-Quem diria!
Parece que estas tramoias do PS contra o PR são obra dum tal João Marcelino (http://portadaloja.blogspot.com/2009/09/uma-fonte-seca.html).
Eu tenho votado PS, mas as políticas que este governo tem desenvolvido são dum ditador direitoide dos piores. Nada tem de socialismo. Estou cansada de tanta corrupção e velharia. Pela primeira vez vou votar num ideal, um voto talvez inútil, mas pelo menos em alguém, mais honesto, mais limpo e mais novo nas artes corrompidas do poder. Votarei BE. AC
E o caso do juiz Ricardo Cardoso do fax de Macau? E o juiz Rui Teixeira com a classificação congelada? Ai de quem se atreva a discordar deste PS mafioso! Está mais que provado que quem se mete com o PS leva!
Ai dum povo que vai votar nos seus próprios carrascos!!! AC
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