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Na minha recente viagem a Pequim tive oportunidade de visitar o que resta do antigo Palácio de Verão destruído, saqueado e depois incendiado por forças do exército francês e inglês em 1860, durante as "Guerras do Ópio". É um episódio vergonhoso e revoltante.
O número de obras primas de todo o tipo que foram roubadas ou que se perderam é incalculável (as duas estatuetas que foram leiloadas recentemente pela Christies sob protesto da RPC são apenas um pálido exemplo).
Charles George Gordon, um capitão, de 27 anos de idade, nos Royal Engineers, escreveu:
Nós saímos, e, depois de o pilharem, queimaram todo o lugar, destruindo à maneira dos vândalos a maior parte da valiosa propriedade a qual não pode ser substituída por quatro milhões. Recebemos um prémio monetário de mais de £48 ... Eu tenho feito bem. A população [local] tem muitos civis, mas eu penso que os grandes nos odeiam, como devem depois do que fizemos ao palácio. Vocês dificilmente podem imaginar a beleza e magnificência dos locais que queimámos. Fez uma ferida no coração queimá-los; de facto, esses lugares eram tão largos, e nós estávamos tão pressionados pelo tempo, que não foi possível pilhá-los cuidadosamente. Quantidades de ornamentos em ouro foram queimadas, consideredos como latão. Foi miseravelmente desmoralizador trabalhar para um exército. (texto extraído da Wikipedia, elucidativo apesar da tradução deficiente)
Ainda hoje se sente a repulsa dos chineses pela violência colonial de que foram alvo, apenas há 150 anos, por parte daqueles que passam a vida a exigir a abertura e a moderação dos outros.
No museu que se encontra junto ao local dos antigos jardins está reproduzida uma carta, escrita por Victor Hugo, expressando indignação pelo vandalismo das forças francesas e inglesas.
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