O filme de Robert Redford é uma longa dissertação encenada, não pretende verdadeiramente uma progressão dramática mas sim conduzir-nos aos meandros do paradoxo americano actual.
A questão que se põe aos peões é: até que ponto estão os mecanismos democráticos tradicionais em condições de encontrar resposta para os desafios que se põem hoje ao "american way of life"?
É verdade que a jornalista, muito bem realizada por Meryl Streep, receia que as "novidades" na táctica militar sejam apenas estratagemas para ganhar a presidência mas o espectador, mais distanciado, pressente que podem antes ser uma fuga para a frente ditada pelo desespero do establishment.
As ameaças que o império americano enfrenta estão para além dos resultados eleitorais; mesmo uma maioria confortável nas urnas presidenciais não dá qualquer garantia de se encontrar uma resposta eficaz e duradoira.
Pelo filme deambula uma pergunta angustiante; será que essas ameaças têm alguma saída possível ?
Somos levados a pensar na fase final dos impérios, nomeadamente o de Roma.
Aquela fase em que há demasiados inimigos, intratáveis, e em que a decadência no plano económico começa a pôr em cheque a superioridade técnica e organizativa dos exércitos.
Penso rápido (111)
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Não conheço democracias sem partidos.
Conheço demasiados regimes políticos com um partido só. Dantes chamavam-se
ditaduras. Agora, nestes tempos de hiper...
Há 8 horas
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