Acabei de ler o ultimo livro da Zita Seabra.
Não vou entrar na discussão sobre os factos referidos (cujo relato aliás não me trás nada de verdadeiramente novo) nem sobre os intuitos mais ou menos velados da narrativa (deixo isso para quem ache que tem algumas contas a ajustar com a narradora).
Zita Seabra quis fazer de “Foi assim” a descrição do seu percurso pessoal; e foi sob esse ponto de vista que eu o li.
Chegada ao final, a imagem que me ficou é a de alguém que em relação ao seu comprometimento com o Comunismo e o PCP, entrou e saiu pela mesma via muito emocional e pouco reflexiva.
Como a própria afirma, não tinha lido as obras de Engels e Lenine, nem conhecia bem o pensamento de Marx; o seu coração foi recrutado pelos “Subterrâneos da Liberdade” de Jorge Amado. Não é defeito, e é um caso muito comum na sua geração!
Já a sua saída, motivada essencialmente pela desilusão das expectativas e não pela análise das contradições entre teorias e resultados, é muito pobre, atendendo a que se trata de alguém que teve um lugar de grande responsabilidade.
Pela maneira como fala, acho que seja qual for o ponto onde neste momento se situa, Zita Seabra está nele com a mesma certeza absoluta que teve no seu posicionamento anterior.
E por isso, a sensação que me deixou foi a de que não aprendeu nada.
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Lápis L-Azuli
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