Os incêndios e o senso comum
faz-me pena ver como este importante tema continua a ser discutido nos jornais e TVs. Normalmente mistura-se tudo; as causas, os meios, as medidas de longo prazo, as medidas de emergência, os responsáveis, a educação das vítimas potenciais e o diabo a quatro.
Por outro lado temos um ministro que é uma caricatura de estadista, que legisla para salvar a pele sem cuidar das particularidades ou das prioridades.
Será razoável fazer legislação genérica para todo o país e para todas as circunstâncias?
O bom senso recomendaria algo muito diferente.
Em primeiro lugar separar as medidas estratégicas, de longo prazo, das medidas de emergência para prevenir as catástrofes do próximo verão.
Depois, identificar as grandes massas florestais que ainda não arderam e atribuir a cada uma um comando encarregado das medidas de prevenção para 2018. Esquecendo as fronteiras municipais pois as florestas não respeitam tais limites.
Tais zonas de risco máximo deveriam ser a prioridade absoluta dado que é nelas que existe maior probabilidade de fogos incontroláveis.
Uma vez definidas 30 ou 50 áreas de risco máximo o comando responsável por cada uma delas devia concentrar-se antes de mais na seguinte questão:
se ocorrer em 2018 um incêndio que não consigamos controlar como garantimos o socorro e/ou a fuga de todas as comunidades que habitam o território.
Só depois de resolver esta questão é que se devia passar às estratégias e meios de combate para o ano em curso.
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