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“O ARTISTA”
triunfou com três dos mais nobres óscares: melhor filme, melhor realizador, melhor actor (Jean Dujardin), a que se juntaram os prémios para guarda-roupa e partitura original. Eu pergunto a mim próprio porquê.
Aparentemente bastou-lhe uma ideia engraçada (imitar os filmes mudos) e um tema estafado (as derrapagens provocadas pelas curvas tecnológicas, neste caso a passagem do mudo ao sonoro).
O filme não prima pela originalidade no tratamento do tema e a trama segue um percurso entediante que o espectador adivinha ao fim de um minuto de projecção. Não há surpresa, não há revelação, não se aprende nada com este filme.
O realizador perdeu uma boa oportunidade para demonstrar, como fizeram Chaplin e outros, que mesmo sem som é possível fazer grandes obras que não provoquem bocejos durante duas horas.
Já me esquecia, do filme salva-se um cão engraçadíssimo.
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