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Enquanto nos distraíam, à esquerda e à direita, com a nomeação do Catroga para a EDP, estava em gestação a mais profunda transformação da legislação laboral de que me recordo.
Nos jornais, e no FB, Catroga quase monopolizou as atenções, deixando na penumbra uma revolução no paradigma das relações de trabalho. Os dirigentes sindicais negociaram o assunto nos gabinetes sem que tivesse havido uma verdadeira discussão nacional sobre o tema.
É curioso ouvir o ex-ministro Vieira da Silva, do PS, afirmar que o presente acordo é muita "flexi" e pouca "segurança"; é caso para perguntar por que não concretizou a "flexisegurança" quando estava no poder e havia margem para isso.
Também está na hora de lembrar os retóricos que fizeram belos discursos sobre a recusa da substituição constitucional da "justa causa" pelas "razões atendíveis" de despedimento.
Agora que novas razões para despedimento se vão mesmo contretizar, sem alteração da Constituição, não os tenho ouvido perorar sobre o assunto.
As energias de alguns esgotam-se com os Catrogas e com uma ou outra questão mais filosófica.
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