sábado, novembro 06, 2010

A metereologia da crise

.



Falamos das vicissitudes financeiras da nação como quem fala do clima e das ocorrências do tempo, mas vivemos na pré-história da ciência metereológica.
Os humores dos mercados, como as trovoadas para os primitivos, são inexplicáveis e imprevisíveis.
Ainda estamos numa fase em que não sabemos que construir nos leitos das ribeiras nos torna vítimas das enxurradas. Não descobrimos as virtualidades dos pára-raios.
Uma chusma de xamãs invadiu as televisões para prever novas tempestades mas raramente tentam explicar porque é que essas tempestades acontecem. Como se os relampagos fossem manifestação de forças ocultas que mantêm connosco uma embirração despropositada.
O ministro das finanças é uma espécie de comandante da protecção civil que corre de fogo para fogo e se atola em inundações avulsas.
E assim estamos.
Vulneráveis, desorientados e sem horizonte.

.

1 comentário:

Bia disse...

Em termos meteorológicos podemos dizer que fomos devastados pelo furacão Sócrates