segunda-feira, abril 07, 2014

"Palácio das Necessidades"



"Palácio das Necessidades"
Fui ver o filme de Bertrand Tavernier que se inspirou numa banda desenhada, ao que dizem.
Embora seja demasiado extenso, e repise algumas poucas ideias interessantes, constitui uma excelente ilustração da precariedade e falta de substância do poder nas democracias actuais.
Os actores políticos com altos cargos, que aparecem todos os dias nos noticiários televisivos, podiam dizer, como disse Sócrates recentemente, "eu não vinha preparado para isto".
A volatilidade e imprevisibilidade das lotarias eleitorais podem ser comparadas com outras formas de seleccionar os detentores de cargos de responsabilidade. Num país como a China, por exemplo, há uma longa decantação por vários níveis de filtragem que obriga os dirigentes a um processo de formação que é garantia da coerência do sistema e dos seus pressupostos.
Dito isto, tiro o meu chapéu a Thierry Lhermitte que nos dá um ministro frenético mas que nunca descai para o inverosímil.

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